Brasil acredita em pressão de Trump por etanol com tarifa zero

Raízen (RAIZ4) anuncia fim de operação de planta piloto de etanol de segunda geração (E2G) 
20/01/2025
Um ano após alta do teor de biodiesel no diesel, parte do mercado descumpre norma no Brasil 
20/01/2025
Mostrar tudo

CNN Brasill

Para o governo Lula, Casa Branca deverá pressionar por abertura do mercado brasileiro; Bolsonaro reduziu alíquota, que voltou para 18% em 2023

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acredita que haverá pressão dos Estados Unidos, agora novamente com Donald Trump na Casa Branca, para zerar as tarifas de importação sobre o etanol.

A redução da alíquota para zero foi adotada em diversos momentos da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), diante de um quadro de aumento dos preços, beneficiando principalmente a entrada no país de etanol de milho americano.

No início de 2023, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) restabeleceu a alíquota de importação sobre o biocombustível, que hoje é de 18%.

Para o governo brasileiro, embora pedidos por um corte das tarifas nunca tenham desaparecido com Joe Biden na Casa Branca, eles eram concentrados pelo Departamento de Agricultura e tinham menos peso político.

Na avaliação de autoridades em Brasília, Trump deve elevar pressões sobre esse tema, já que o “Corn Belt” (Cinturão do Milho) – principal região produtora de etanol nos Estados Unidos – tem base eleitoral trumpista.

Para o governo brasileiro, embora pedidos por um corte das tarifas nunca tenham desaparecido com Joe Biden na Casa Branca, eles eram concentrados pelo Departamento de Agricultura e tinham menos peso político.

Na avaliação de autoridades em Brasília, Trump deve elevar pressões sobre esse tema, já que o “Corn Belt” (Cinturão do Milho) – principal região produtora de etanol nos Estados Unidos – tem base eleitoral trumpista.

As discussões podem ser retomadas no momento em que o Brasil estuda elevar, de 27% para 30%, a mistura de etanol anidro na gasolina.

O aumento do teor foi permitido pela Lei do Combustível do Futuro, sancionada em 2024, e as montadoras iniciaram testes – que deverão ser concluídos nos próximos meses – para verificar a capacidade de adaptação dos motores na frota de automóveis.

Se não forem constatados impactos relevantes, uma decisão pode ser tomada ainda no primeiro trimestre. A eventual elevação da mistura de etanol na gasolina geraria demanda adicional pelo anidro de 1,2 bilhão a 1,4 bilhão de litros por ano.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *