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Segundo Carlos Cogo, Sócio-Diretor de Consultoria da Cogo Inteligência em Agronegócio, com base em dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), o setor de biocombustíveis no Brasil deverá movimentar impressionantes R$ 1 trilhão até 2034. Esse montante engloba R$ 99,8 bilhões em investimentos diretos e R$ 924,4 bilhões em custos operacionais, com impactos positivos especialmente para as cadeias de cana-de-açúcar, milho e soja.
A produção de etanol será o grande destaque, concentrando 60% dos investimentos previstos. As ações incluirão a construção de novas usinas, a modernização de plantas existentes e a formação de novos canaviais. Apenas para o etanol de primeira geração produzido a partir da cana-de-açúcar, espera-se um investimento de R$ 5,4 bilhões, dos quais R$ 3,9 bilhões serão destinados à expansão da capacidade existente, enquanto o restante será aplicado na construção de duas novas unidades. Já o etanol de milho e o de segunda geração, oriundo da cana, devem receber aportes significativos de R$ 17 bilhões e R$ 14,4 bilhões, respectivamente.
A projeção é de que a produção de etanol atinja 48,5 bilhões de litros em 2034, com destaque também para o segmento de biodiesel. Esse mercado deverá receber R$ 14,5 bilhões em investimentos e R$ 77,5 bilhões em custos operacionais, acompanhando a elevação da mistura obrigatória de biodiesel no diesel, de 15% em 2025 para 20% em 2030. A demanda total de biodiesel é estimada em 16,7 bilhões de litros até 2034, sendo o óleo de soja a principal matéria-prima.
Outra área promissora é a dos Combustíveis Sustentáveis de Aviação (SAF), com investimentos projetados de R$ 17,5 bilhões. Esses combustíveis têm uma demanda estimada de 3 bilhões de litros em 2034, posicionando o Brasil como um potencial líder na transição energética global.