Auto Papo
Um dos grandes problemas da mobilidade sustentável é que os veículos elétricos, atualmente, custam muito mais do que os tipos a combustão. Porém, um estudo da BloombergNEF projeta que os elétricos possam alcançar preços similares aos dos carros movidos a gasolina até 2026, graças a uma queda significativa no custo das baterias de íons de lítio.
A pesquisa detalha os avanços tecnológicos e econômicos que estão impulsionando essa mudança, além dos desafios que ainda podem atrasar a transição.
As baterias são o componente mais caro na fabricação de um veículo elétrico, e a redução nos preços desse item é fator crucial para viabilizar a adoção em massa dos EVs.
De acordo com a BloombergNEF, o preço médio de um pacote de baterias caiu para US$ 115 (cerca de R$ 700 em conversão direta) por kWh em 2023, uma redução de 20% em relação ao ano anterior.
Essa queda no valor das baterias dos carros elétricos é atribuída a diversos fatores, como:
Com base nessas tendências, a expectativa das pesquisas aponta que o custo dos carros elétricos caia ainda mais, atingindo US$ 100 por kWh (R$ 615) em 2026. este valor é considerado o ponto necessário para equiparar os preços dos EVs aos veículos a combustão interna (pelo menos no mercado norte-americano). Até 2030, o preço pode cair ainda mais, chegando a US$ 69 (R$ 424) por kWh, segundo as projeções.
Na China, a paridade de preços já é uma realidade. Alguns veículos elétricos fabricados no país estão sendo vendidos por preços inferiores aos de seus equivalentes movidos a gasolina. Esse avanço foi possibilitado por incentivos governamentais, grande escala de produção e uma cadeia de suprimentos mais consolidada.
No Brasil esta realidade ainda é mais distante. Embora elétricos como os BYD tenham valor de mercado bem semelhantes a vários carros nacionais, problemas de pontos de abastecimento e fabricação local afastam o cidadão do veículo EV.