Arábia Saudita corta preços do petróleo após OPEP+ adiar retomada da produção

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Folha de São Paulo

A Arábia Saudita está reduzindo os preços do petróleo para os compradores na Ásia mais do que o esperado, depois que a OPEP+ adiou ainda mais a recuperação da produção, ao ressaltar que as suas perspectivas para o mercado permanecem fracas.
A produtora estatal de petróleo Saudi Aramco venderá seu principal produto bruto Arab Light a um prêmio de US$ 0,90 por barril em relação ao valor de referência regional em janeiro, de acordo com uma lista de preços vista pela Bloomberg. Isso se compara a US$ 1,70 deste mês. A expectativa era que a empresa reduzisse o prêmio um pouco menos, para US$ 1, de acordo com uma pesquisa com comerciantes e refinarias.
A Aramco também reduziu os preços para o noroeste da Europa e o Mediterrâneo. Não houve mudança para a América do Norte.
Os preços de referência do petróleo em Londres estão mais baixos este ano devido a preocupações de que o lento crescimento da procura, especialmente na China, deixará o mercado global com excedente no próximo ano. O petróleo Brent está agora pouco acima dos US$ 71 (R$ 428) por barril e é negociado numa faixa estreita, uma vez que o cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah no Líbano tem sido mantido até agora, corroendo em grande parte um prêmio de risco que os comerciantes tinham precificado no mercado.
Anteriormente, a OPEP+ -liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia- havia concordado em adiar por mais três meses os aumentos de produção planeados para o início de janeiro, após dois atrasos anteriores. A perspectiva de um excesso de oferta iminente deixa o grupo com o desconfortável dilema de prolongar as restrições à produção até 2025 ou arriscar uma queda nos preços.

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