A Tarde
Com o corte de tributos federais e a limitação do teto do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos combustíveis, o preço da gasolina tem caído em todo o Brasil. Mas, mesmo com essa redução, o atual governo acumula alta de 42% no preço da gasolina. Desde 2019, os valores são expressivamente maiores do que em outras gestões.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em janeiro de 2019, o preço médio da gasolina era de R$ 4,27. Em julho deste ano, o valor médio chegou a R$ 6,07 depois da redução gerada pela mudança no ICMS.
Segundo especialistas, a oscilação gira em torno de dois fatores que podem motivar a Petrobras a elevar ou reduzir o valor do combustível: o preço do barril do petróleo e a desvalorização do real frente ao dólar, o que contribui para o aumento do preço da gasolina no Brasil, que precisa importar o combustível. A guerra entre Rússia e Ucrânia também tem influenciado o cenário recente.
Outros governos
No primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio ‘Lula’ da Silva (PT), de 2003 a 2006, o aumento do preço da gasolina foi de 17%. Na segunda gestão, de 2007 a 2010, a alta foi de 3%.
De 2011 a 2014, período do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), o preço da gasolina subiu 16%. Entre 2015 e agosto de 2016, quando o sofreu impeachment, a alta foi de 20%.
O governo de Michel Temer (MDB), de agosto de 2016 a 2018, registrou um aumento de 19%.