Fonte: Portal da ANP
A ANP publica hoje (29/6), em seu sítio eletrônico, dados estatísticos consolidados da evolução do setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis no Brasil e no mundo em 2017. Os gráficos e tabelas, que serão publicados posteriormente no Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2018, podem ser consultados na página Anuário Estatístico 2018.
O ano de 2017 foi marcado pela retomada das rodadas de licitações de áreas para exploração e produção. Foram realizadas a 14ª Rodada no modelo de concessão, com arrecadação em bônus de assinatura de mais de R$ 3,8 bilhões; a 2ª e a 3ª Rodadas de Partilha que, juntas, arrecadaram R$ 6,2 bilhões, além da 4ª Rodada de Licitações de Áreas com Acumulações Marginais.
A produção nacional de petróleo cresceu pelo quarto ano consecutivo, atingindo 2,6 milhões de barris/dia em 2017, um aumento de 4,2% em relação ao ano anterior. Esta elevação foi liderada pela oferta de petróleo do pré-sal, que alcançou a média de 1,3 milhão de barris/dia no ano, cerca de 50% da produção nacional. O gás natural teve acréscimo de 5,9% e o gás extraído do pré-sal aumentou a participação no total nacional e correspondeu a 45,3% do total produzido.
Em função do aumento da produção nacional em 2017, o Brasil reduziu sua necessidade de importação de petróleo em 16,4%, para média de 149,2 mil barris/dia, enquanto as exportações alcançaram o maior valor da série histórica, 996,6 mil barris/dia, aumento anual de 24,8%.
A produção nacional de derivados foi 3,7% inferior à de 2016 e atingiu 1,9 milhão de barris/dia, em torno de 76,2% da capacidade instalada de refino. Em função disso, o volume de importações de derivados cresceu 26,1%, para 615,7 mil barris/dia. Além disso, em consequência do crescimento dos preços internacionais, houve um aumento do dispêndio com a importação em 57,5%.
O montante gerado de participações governamentais atingiu R$ 30,5 bilhões em 2017, sendo R$ 15,3 bilhões em royalties e R$ 15,2 bilhões em participação especial, valores superiores ao ano anterior de, respectivamente 29,4% e 156,2%.
Em 2017, as vendas de derivados pelas distribuidoras registraram crescimento de 1,3%, depois de dois anos consecutivos de queda. Destaque para as vendas de gasolina C e de óleo combustível, que cresceram 2,6% e 1,6%, respectivamente.
No setor de biocombustíveis, a produção de etanol manteve-se praticamente estável e a produção de biodiesel foi 12,9% superior ao ano anterior, em decorrência, principalmente, do aumento do teor de mistura no óleo diesel para 8%.
O volume de obrigações da cláusula dos contratos de concessão, partilha e cessão onerosa, relativas aos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I) foi de R$ 1,3 bilhão em 2017, crescimento de 49,1% em relação ao ano anterior.