ANP anuncia primeiros inscritos para 17ª Rodada de Licitações

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As petrolíferas Petrobras, Chevron Brasil, Shell Brasil Petróleo, TotalEnergies EP Brasil, Ecopetrol Óleo e Gás do Brasil e Murphy Exploration & Production Company são as seis primeiras empresas inscritas para a 17ª Rodada de Licitações de Blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural programada para o dia 7 de outubro. A relação foi publicada hoje (18) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Segundo informou a ANP, as inscrições foram aprovadas, ontem (17), em reunião da Comissão Especial de Licitação (CEL). Novos pedidos serão analisados nas próximas reuniões da CEL.

A agência considerou que as empresas inscritas atenderam todos os requisitos previstos no edital e estão aptas a participar da rodada.

‘Cumpridas as exigências estabelecidas no edital e tendo a inscrição julgada e aprovada pela Comissão Especial de Licitação, a empresa poderá apresentar ofertas somente para os blocos localizados nos setores para os quais tenha efetuado o pagamento de taxa de participação e aportado garantia de oferta’, explicou a ANP, em nota.

Oferta

A 17ª Rodada de Licitações vai ofertar 92 blocos com risco exploratório, totalizando área de 53,93 mil quilômetros quadrados (km²). Os blocos estão localizados em 11 setores com potencial considerado elevado e de nova fronteira de quatro bacias sedimentares marítimas brasileiras, que são as bacias de Campos, Pelotas, Potiguar e Santos.

A ANP afirmou ainda que o processo de qualificação das empresas como operadora A, B ou não-operadora só será feito para as vencedoras no dia da sessão pública de apresentação de ofertas, seguindo procedimento adotado desde a 13ª Rodada.

Petrobras amplia oferta de combustíveis e quadruplica geração térmica

A Petrobras (PETR3;PETR4) ampliou a oferta de combustíveis para térmicas, o que permitiu aumentar, em nove meses (de setembro de 2020 a junho de 2021), a geração termelétrica de suas usinas e de clientes de cerca de 2 mil megawatts (MW) para quase 8 mil MW, informou a estatal nesta quarta-feira.

No mesmo período, o volume de gás disponibilizado pela Petrobras para termelétricas variou de 12 milhões para 35 milhões de metros cúbicos por dia, alta de 19%.

‘O incremento se deu por meio de uma série de medidas antecipatórias para maximizar a oferta de gás natural ao mercado’, informou a companhia em nota.

Entre as medidas está a ampliação da capacidade do Terminal de Regaseificação da Baía de Guanabara, de 20 milhões para 30 milhões de m3/dia; o posicionamento dos dois navios regaseificadores nos Terminais da Bahia (TR-BA) e do Rio de Janeiro; e a importação de gás natural liquefeito (GNL), chegando a mais de 14 navios por mês.

A estatal destacou ainda, a flexibilização pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) da especificação do gás processado na unidade de tratamento de Caraguatatuba, além da interligação das Rotas 1 e 2 de escoamento de gás do pré-sal.

‘Além disso, a companhia continua negociando novo contrato interruptível com a Bolívia e providenciando alternativas para disponibilidade de um terceiro navio regaseificador’, informou.

Em relação ao fornecimento de óleo combustível para uso por clientes termelétricos, a oferta aumentou de zero em setembro de 2020 para 183 mil toneladas em junho de 2021, e o volume de diesel para este fim variou de zero para 44 mil m3 por mês no mesmo período.

‘O aumento da oferta foi possível em função de otimizações operacionais nas refinarias e importações’, disse a companhia.

Mexilhão e Rota 1

Sobre a parada programada da plataforma de Mexilhão e do gasoduto Rota 1, adiada para o próximo dia 29, a Petrobras reforçou que a mudança de data vai disponibilizar gás por mais 14 dias para as usinas Cubatão, Araucária, Linhares, Santa Cruz, William Arjona e Norte Fluminense, além de Termopernambuco, que não mais terá parada nesse período, informou a estatal.

Ainda segundo a Petrobras, a transferência do navio de Pecém para a Bahia vai permitir o atendimento de usinas térmicas do Sudeste e Sul (UTEs Arjona e Araucária, total de 650 MW), o que, somado à geração a diesel na UTE Termoceará (200 MW), ‘mais que compensa as indisponibilidades temporárias no Nordeste (cerca de 750 MW), provendo capacidade de cerca de 100 MW a mais durante o período do reposicionamento’, explicou.

As usinas térmicas vem sendo cada vez mais acionadas devido à falta de chuvas, o que está levando vários reservatórios de hidrelétricas à beira do colapso. A crise afeta principalmente os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, responsável por 70% da geração hidrelétrica do País, que ontem registraram 24% de armazenamento.

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