Açúcar e etanol hidratado seguem estáveis na safra Norte-Nordeste de cana-de-açúcar

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A produção dos dois principais derivados da cana-de-açúcar manteve o protagonismo verificado ao longo da safra 2024-2025 no Norte e Nordeste. Até o final da segunda quinzena de março (31/03), dados compilados pela Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio) indicam que das 56,8 milhões de toneladas de cana processadas pelas usinas das duas regiões, foram extraídas 3,72 milhões de toneladas de açúcar e 1,39 bilhão de litros de etanol hidratado.

Em relação a igual período da temporada passada (2023-2024), a fabricação do adoçante e do biocombustível comercializado diretamente na bomba cresceu de forma consistente. Os índices superam em 8,3% e 24,8%, respectivamente, as 3,43 milhões de toneladas de açúcar e os 1,11 bilhão de litros de hidratado produzidos no ciclo agrícola anterior.

O presidente-executivo da NovaBio, Renato Cunha, explica que esse aumento deve-se à concentração maior de Açúcar Total Recuperável (ATR) por tonelada de cana processada. “Embora a ausência de chuvas regulares no decorrer desta safra tenha prejudicado a cultura canavieira em 3,3% até o final de março, a seca, por outro lado, elevou os níveis de sacarose da planta, permitindo obter mais açúcar e etanol”, observa o executivo, que também preside o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar/PE).

Segundo cálculos do Sindaçúcar-PE, a moagem canavieira em 2024-2025 deve ser encerrada com o processamento de aproximadamente 58,5 milhões de toneladas. “No total, espera-se uma queda de 2% em razão da má distribuição de chuvas”, acrescenta Cunha.

O executivo da NovaBio, entidade que reúne 35 usinas sucroenergéticas em 11 estados brasileiros, também destaca que o açúcar continuará sendo um dos principais produtos de exportação do Nordeste para a Ásia, África, Europa e América do Norte.

Já a produção total de etanol (anidro e hidratado) igualmente tem apresentado saldo positivo no ciclo agrícola 2024-2025. Até 31 de março, cresceu 3,1% em comparação à safra anterior, mesmo diante da retração de 19,7% na fabricação do biocombustível anidro, aquele misturado à gasolina comum, que somou 855,9 milhões de litros no final do mês passado.

O estoque físico de etanol, considerando o anidro e o hidratado, atingiu 320,4 milhões de litros, quantidade 27,4% maior do que os 251,4 milhões de litros armazenados em 31 de março de 2024. Do total registrado em 2024-2025, são 133,1 milhões de litros de hidratado, alta de 38,7%, e 187,2 milhões de litros de anidro, crescimento de 20,4%.

A produção de cana por estado até 31 de março atingiu os seguintes patamares:

Amazonas                   0,36 mi ton
Maranhão                  2,14 mi ton
Pará                            1,34 mi ton
Piauí                           1,12 mi ton
Tocantins                    2,39 mi ton
Alagoas                       17,58 mi ton
Pernambuco               13,46 mi ton
Bahia                          5,18 mi ton
Paraíba                       7,22 mi ton
Rio Grande do Norte 3,91 mi ton
Sergipe                       2,04 mi ton

Total até 31 de março: 56,8 milhões de toneladas de cana.

Fonte: NovaBio – Associação dos Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia

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