Para fechar contas, governo também pode aumentar PIS/COFINS

Aumento da Cide no radar Por João Borges
29/06/2017
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Fonte: MSN

A elevação do PIS/Cofins da gasolina é uma das alternativas do governo para aumentar a arrecadação e estimular o setor do etanol. Segundo uma fonte da área econômica, a elevação do PIS/Cofins tem a vantagem de a arrecadação não ser dividida com os Estados e municípios, como ocorre com a Cide Combustíveis. Também não é preciso o período de noventena (três meses) para que o aumento entre em vigor. Os dois tributos, porém, têm a mesma base tributária.
A escolha entre a Cide e o PIS/Cofins, de acordo com a fonte, depende da composição política, já que os governadores e prefeitos perdem arrecadação. Não há ainda decisão sobre o aumento de nenhum dois tributos.
O risco de a reoneração da folha de pagamentos ser adiada para 2018 elevou a probabilidade de uma medida de alta de tributos ser adotada para compensar a perda de frustração, admitiu a fonte do governo. Se entrar em vigor no próximo dia 1º de julho, poderá haver um aumento de arrecadação de cerca de R$ 2,5 bilhões para cada R$ 0,10 de alta da gasolina. Se o PIS e Cofins do diesel também for elevado, a arrecadação pode subir ainda mais. A possibilidade de aumentar o PIS/Cofins para fechar as contas neste ano já tinha sido levantada em março, como informou o Broadcast.
O presidente da Frente Parlamentar do Setor Sucroenergético, deputado Alexandre Baldy (Podemos-GO), informou que o Ministério da Fazenda já aceita a elevação do PIS/Cofins. Segundo ele, o Banco Central, que era resistente à alta do tributo para não prejudicar a inflação, já estaria aceitando a proposta para preservar os empregos. "O BC já aceitou", disse Baldy. Ele ressaltou que o setor pode quebrar e já fechou R$ 100 mil empregos em todo o País.
Baldy e representantes do setor estiveram hoje reunidos com o presidente Michel Temer para discutir o aumento do tributo. Eles também pediram a elevação de zero para 17% da alíquota de importação do etanol. O deputado se mostrou confiante que a medida será adotada, embora o presidente não tenha dado ainda uma resposta.

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