Como nova estação de pesquisa pode aumentar extração de petróleo do pré-sal no Brasil 

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Tecnologia é a conclusão da 1ª fase da parceria entre o CNPEM, em Campinas, e a Petrobras. Iniciativa usa impressora 3D para fazer uma tomografia das rochas e desenvolver técnicas para extrair mais óleo e gás.

 G1.Globo 

Nova estação de pesquisa, desenvolvida pelo CNPEM, em Campinas, deve aumentar a extração de petróleo das rochas do pré-sal no Brasil.

A tecnologia é a conclusão da primeira fase de uma parceria entre a instituição e a Petrobras para o desenvolvimento de estudos em óleo e gás.

A iniciativa consiste em, com ajuda do superlaboratório Sirius, maior acelerador de partículas da América Latina, que está incorporado ao CNPEM, analisar, com impressoras 3D, as rochas que estão a oito mil quilômetros abaixo do mar.

A técnica gera dados de forma mais rápida.

Uma nova estação de pesquisa, desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), deve aumentar a extração de petróleo das rochas do pré-sal no Brasil. A complexa tecnologia é a conclusão da primeira fase de uma parceria entre a instituição e a Petrobras para o desenvolvimento de estudos em óleo e gás. Entenda abaixo.

A iniciativa consiste em, com ajuda do superlaboratório Sirius, maior acelerador de partículas da América Latina, que fica dentro do CNPEM, analisar, com impressoras 3D, as rochas que estão a oito mil quilômetros abaixo do mar. A técnica gera dados de forma mais rápida.

A tomografia das rochas é realizada por meio da linha de luz mogno, que está no superlaboratório Sirius. Na estação, é possível receber, de uma vez, até 88 amostras. O ‘exame’ desvenda a estrutura da rocha e, a partir disso, faz simulações de como extrair mais óleo e gás.

Antes da tecnologia, as análises eram feitas com amostras pequenas, com tamanho de 2 milímetros. Agora, as rochas passaram para 38 milímetros, que é um padrão industrial. A parceria começou em 2021 e os primeiros testes na estação foram feitos em novembro de 2024.

Na ocasião, foram usados materiais de diversos poços de pré-sal e, desde então, as medidas estão sendo processadas para a geração das imagens 3D.

‘A gente tem um detector que coleta essa imagem. É muito parecido com uma tomografia médica mesmo. Então, essa rocha rotaciona e a gente coleta o que a gente chama de projeção e os médicos chamam de radiografia. Ai tem um processo matemático que transformam essa imagens de 2D para uma única imagem em 3D’, disse a pesquisadora do CNPEM, Nathaly Lopes Archilha.

‘A gente tem um detector que coleta essa imagem. É muito parecido com uma tomografia médica mesmo. Então, essa rocha rotaciona e a gente coleta o que a gente chama de projeção e os médicos chamam de radiografia. Ai tem um processo matemático que transformam essa imagens de 2D para uma única imagem em 3D’, disse a pesquisadora do CNPEM, Nathaly Lopes Archilha.

As reservas de petróleo do pré-sal são um conjunto de rochas que ficam muito profundas. Com a linha de luz mogno, é possível investigar as estruturas internas destas reservas em escalas diferentes. O investimento foi de R$ 12 milhões.

A ideia é que os modelos digitais feitos a partir da pesquisa criem estratégias para a retirada de derivados de combustível sem destruir as rochas, o que ajudaria na redução da emissão de gases. A intenção também é, futuramente, disponibilizar a estação para pesquisadores que tenham estudos nesta área.

‘Sempre vai ter um residual. E esse residual pode até ultrapassar 50%. Então tem estudos para tentar extrair o máximo possível, dado que o poço já está lá, a rocha está perfurada e tem toda uma estrutura por trás disso. Aumentar 1% da extração de um reservatório que pode ter quilômetros de extensão lateral é um ganho absurdo em termos de produção e finaceiros para o Brasil’, completou a pesquisadora.

‘Sempre vai ter um residual. E esse residual pode até ultrapassar 50%. Então tem estudos para tentar extrair o máximo possível, dado que o poço já está lá, a rocha está perfurada e tem toda uma estrutura por trás disso. Aumentar 1% da extração de um reservatório que pode ter quilômetros de extensão lateral é um ganho absurdo em termos de produção e finaceiros para o Brasil’, completou a pesquisadora.

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