Valor Econômico
A redução das emissões de gases de efeito estufa continua a ser uma prioridade da indústria de petróleo e gás no mundo, mas a forma de lidar com o problema vem mudando. Nos últimos anos, empresas do setor colocaram no topo da agenda investimentos em fontes renováveis. Mas mais recentemente algumas companhias, caso da anglo-holandesa Shell, por exemplo, decidiram revisar o portfólio de energia verde. A tendência pode se intensificar ainda mais com o governo de Donald Trump nos Estados Unidos, o maior produtor de petróleo do mundo.
A depender da região de atuação, as companhias do setor têm tomado medidas, em maior ou menor grau, para descarbonizar as atividades. Um caminho pode ser reduzir a produção de hidrocarbonetos ou então ir adiante com a geração de renováveis, mas que agora parece perder o impulso inicial que já teve.
O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), que representa as petroleiras no país, elaborou estudo segundo o qual o Brasil tem contribuído para a redução das emissões absolutas de gases de efeito estufa. O resultado vem sendo possível, uma vez que o país tem uma matriz energética mais limpa e também pelo fato de o petróleo brasileiro ser menos poluente. “As principais emissões do Brasil, ao contrário de outros países, não vêm do setor de óleo e gás, nem mesmo da produção da indústria ou do transporte dos produtos”, afirma Roberto Ardenghy, presidente do IBP.
Segundo o IBP, as emissões da indústria de petróleo e gás representam 13% do total brasileiro, enquanto o chamado uso da terra responde por 48,3%. “Não estamos nos eximindo da culpa, mas o setor de óleo e gás não é o maior emissor, isso tem que ser considerado”, diz Ardenghy. “Oferecemos para o mundo um petróleo com menor concentração de CO2.” Para ler esta notícia, clique aqui.