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Valor do renovável reduziu 0,5%, para R$ 4,36/L, enquanto o do seu concorrente fóssil permaneceu em R$ 6,36/L
Os destaques sobre os preços dos combustíveis na semana de 23 de fevereiro a 1º de março:
Entre os dias 23 de fevereiro e 1º de março, os preços do etanol seguiram em queda, enquanto os da gasolina se estabilizaram na média nacional. O renovável caiu 0,5%, de R$ 4,38 por litro para R$ 4,36/L, enquanto o seu concorrente fóssil ficou estável em R$ 6,36/L.
Os números divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) levam em conta não somente o que é observado nos postos, mas também os volumes vendidos – desta forma, grandes mercados consumidores têm maior representatividade no resultado.
O preço do renovável se manteve dentro da faixa considerada economicamente favorável para o consumidor, ainda que esteja próximo do limite. Conforme a ANP, a relação entre o valor do etanol e o da gasolina foi de 68,6% na média nacional, pouco abaixo dos 68,9% do período anterior.
Nas médias estaduais, por sua vez, o biocombustível é considerado competitivo em seis estados.
De 24 a 28 de fevereiro, o hidratado foi vendido pelas usinas de São Paulo a R$ 2,8524/L, aumento de 0,1% frente aos R$ 2,8502/L do período anterior. Já as usinas goianas tiveram uma redução de 0,8% e as mato-grossenses registraram queda de 0,2%. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP.
Em relação ao valor nos postos, a amostragem de municípios tem mudado a cada análise. No período mais recente, a pesquisa da ANP foi feita em 373 cidades, seis a mais do que na semana anterior.
De acordo com a ANP, de 23 de fevereiro a 1º de março, os preços médios do etanol caíram em 13 estados e no Distrito Federal, aumentaram em quatro e ficaram estáveis em nove. Já os da gasolina tiveram queda em 18, subiram em três e se mantiveram seis.
Em São Paulo, o valor médio do biocombustível ficou estável em R$ 4,19/L e a gasolina caiu 0,2%, para R$ 6,18/L. Assim, a relação entre os preços ficou em 67,8%, um patamar considerado economicamente favorável para o renovável.
Em Goiás, o etanol foi comercializado a R$ 4,38/L, com queda de 4,8%. Enquanto isso, a gasolina baixou 1,6% na semana, para R$ 6,30/L. Desta forma, a relação entre os preços dos combustíveis foi de 69,5%, retomando a vantagem econômica para o consumo do renovável.
Por sua vez, Minas Gerais registrou queda de 0,2% no preço do etanol, que foi negociado a R$ 4,41/L; já a gasolina baixou 0,2%, para R$ 6,23/L. Nesse caso, o renovável custou o equivalente a 70,8% do preço do combustível fóssil, em um nível economicamente desfavorável.
Em Mato Grosso, o valor médio do etanol caiu 1%, para R$ 4,07/L, o menor dentre todos os estados, enquanto a gasolina baixou 0,2%, para R$ 6,35/L. Com isso, a relação entre os preços ficou em 64,1%, considerada a mais competitiva do país.
Já em Mato Grosso do Sul, o etanol reduziu 0,2%, para R$ 4,11/L, e a gasolina baixou 0,3%, para R$ 6,15/L. Assim, o valor do biocombustível correspondeu a 66,8% do preço de seu concorrente fóssil.
Por fim, no Paraná, o etanol custou o equivalente a 68,6% do preço da gasolina, um patamar considerado vantajoso para o biocombustível. No período, o valor do etanol reduziu em 0,4%, para R$ 4,57/L, e o da gasolina baixou 0,3%, para R$ 6,66/L.
Os preços do etanol e da gasolina por região, estado ou cidade desde 2018 estão disponíveis na planilha interativa (exclusiva para assinantes). Também é possível acessar gráficos avançados e filtros interativos sobre o comportamento dos preços.
Atualmente, a empresa contratada pela ANP para a realização do levantamento é a Triad Research Consultoria e Pesquisa de Mercado. A vigência do acordo começou em 26 de setembro de 2022 e o cronograma inicial previa um crescimento gradual da amostragem, atingindo 459 municípios até 16 de abril de 2023.
Entretanto, o alcance do estudo foi reduzido a partir de julho de 2024 devido a cortes no orçamento da ANP. Com isso, a abrangência máxima passou a ser de 358 cidades.
Apesar disso, o levantamento mais recente totalizou 373 municípios, superando esse limite, algo que vem ocorrendo nas últimas quatro semanas.