Chambriard frisa que Petrobras e Vibra têm acordo de não competição em venda de combustíveis no país

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Esse acordo, contudo, não envolve a venda direta a grandes consumidores, estratégia em que a estatal aposta para aproximação com o mercado desde a privatização da BR Distribuidora

Valor Econômico

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a estatal tem um acordo de não competição com a Vibra Energia na comercialização de combustíveis no país. No entanto, esse acordo não envolve a venda direta de combustíveis a grandes consumidores, estratégia em que a empresa aposta como forma de aproximação com o mercado desde a privatização da BR Distribuidora, em 2021.

Para realizar vendas diretas, segundo a executiva, serão necessários investimentos, uma vez que a petroleira detém parte da infraestrutura, mas não dispõe de outras instalações. “Não estamos montando outra distribuidora [de combustíveis]”, disse Chambriard, em entrevista coletiva sobre os resultados do quarto trimestre e de 2024, nesta quinta-feira (27). Ela ressaltou que todos os novos negócios são analisados conforme os critérios de governança e conformidade da companhia.

O diretor de logística, comercialização e mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, destacou que a companhia já faz venda direta de enxofre, por meio da Petrobras Biocombustíveis (PBio), asfalto e coque, entre outros produtos, além da venda de diesel renovável (R5) e combustível para navegação.

Schlosser lembrou do acordo firmado, em outubro de 2024, com a Vale para fornecimento de diesel com adição de R5. “O que queremos é mais um ponto de venda direta a grandes consumidores no Centro-Oeste e talvez no Sul e Nordeste”, acrescentou.

Chambriard disse ainda que o mercado livre de gás natural, cuja abertura se deu há alguns anos, também é uma forma de venda direta para consumidores.

Cingapura

Claudio Schlosser disse também que a companhia avançou na venda de bunker com adição de 24% de combustível renovável (B24) em Cingapura. Segundo ele, a estatal alugou tancagem naquele país e realizou, em janeiro, a primeira venda de B24.

Até hoje, a Petrobras já totaliza cinco vendas de B24. “E o cliente comprador se interessou [pelo B24] porque tínhamos o fóssil”, destacou.

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