Eixos
As três maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil perderam fatia de mercado para as companhias independentes no ano de 2024, segundo dados da ANP.
Em 2024, a Vibra foi responsável por 21,81% das vendas no mercado nacional, ante 23,86% do ano anterior.
Já a Raízen encerrou o ano passado com uma participação de 14,98%, redução em relação aos 16,4% de 2023.
Na Ipiranga, a queda foi menor, saindo de 15,63% em 2023 para 15,26% em 2024.
O movimento permitiu o avanço das distribuidoras regionais, com os ganhos pulverizados entre empresas menores.
De acordo com o analista do Citi, Gabriel Barra, as mudanças são um reflexo da busca das grandes companhias por melhorias no retorno dos investimentos.
“As empresas começaram a pensar mais sobre retorno, sobre como ter uma eficiência maior na alocação de capital. Tinha muito volume que elas operavam que não dava o retorno desejado”, afirmou.
Para 2025, o Citi não prevê grandes mudanças. Barra acredita que o mercado deve se manter estável ou ver uma leve retomada da participação das grandes companhias.
A expectativa é que este ano o segmento de distribuição tenha margens melhores, impulsionadas pelos combates a desvios no mercado, como a figura do “devedor contumaz”.
“Para um setor que tem margens muito apertadas, isso impacta muito na rentabilidade dos preços”, disse Barra após a Conferência Citi Anual de Energia e Agronegócio.
Preço dos combustíveis. A Petrobras deve reajustar o preço do diesel nas próximas semanas. Já a gasolina não sofrerá alta. A informação foi dada por Magda Chambriard, chefe da petroleira, ao presidente Lula nesta segunda (27) em reunião no Palácio do Planalto. ( Folha de São Paulo )
Preço do barril. Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa próxima de 2% nesta segunda-feira (27/1) em sua oitava queda consecutiva, pressionados por uma aversão a riscos no mercado. O Brent para abril recuou 1,77%, a US$ 76,18 o barril.
Produção de petróleo e gás. O Brasil produziu 3,418 milhões de barris/dia de petróleo em dezembro de 2024, recuo de 4,65% em comparação com o mesmo mês de 2023, segundo dados preliminares da ANP. Já a produção de gás natural subiu 2,81% no período, para 161 milhões de m³/d.
Sanções à Rússia. O Conselho Europeu estenderá sanções impostas pela União Europeia contra a Rússia por mais seis meses, até 31 de julho de 2025. Segundo comunicado divulgado na segunda-feira (27/1), a decisão do bloco reflete a continuidade da “agressão militar ilegal e injustificada” da Rússia contra a Ucrânia.
As restrições incluem áreas importantes da economia russa, como a proibição de importações do petróleo bruto marítimo e de produtos petrolíferos do país para a UE.
Interrupção em Belo Monte. Cinco torres de transmissão de energia elétrica caíram , na quarta (22/1) no Pará, após fortes chuvas. O incidente na linha levou à interrupção parcial da energia produzida pela usina hidrelétrica de Belo Monte para as regiões Sul e Sudeste.
Retorno do Congresso. A partir da próxima semana, com a volta aos trabalhos, os parlamentares terão a missão de analisar 56 vetos em leis sancionadas pelo presidente Lula em 2024. Alguns afetam diretamente os mercados de energia e combustíveis, caso das leis do Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), Mover, Combustível do Futuro, eólicas offshore e RonvaBio. Confira a lista .
Biorrefino. A Exygen I anunciou investimentos de R$ 1,5 bilhão para a produção de etanol, biometano e biofertilizantes neutros em carbono em Alagoas. O complexo energético terá capacidade de 160 milhões de litros de etanol por ano, a partir de 2026, utilizando resíduos do açúcar como matéria-prima. A previsão para a produção de biometano é de 50 milhões de m³ por ano, a partir da vinhaça.
Bioeconomia. O governo federal indicou os nomes dos titulares e suplentes para compor a Comissão Nacional da Bioeconomia (CNBio), que terá como finalidade a implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia (PNDBio). A presidência da comissão contará com um modelo rotativo entre os ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Meio Ambiente e Fazenda, com mandato de 12 meses para cada um.
Portos sustentáveis. O Ministério de Portos e Aeroportos lançou uma Política de Sustentabilidade voltada para portos, aeroportos e hidrovias, com medidas direcionadas tanto ao setor público quanto à iniciativa privada. Além da elaboração de uma agenda anual com projetos, estudos e possíveis alterações regulatórias, está previsto um Pacto pela Sustentabilidade com o setor privado.
Veículos elétricos. A Tesla e a BMW entraram com ações no Tribunal Geral da União Europeia e se juntam a BYD, Geely e SAIC – fabricantes de automóveis da China – que se opõem ao bloco por conta de tarifas em veículos elétricos.
Opinião: Em que pese a urgência, as medidas de adaptação à mudança climática não encontram prioridade correspondente na destinação de recursos em âmbito nacional e internacional, escreve o pesquisador do Ineep, André Tokarski.