Petrobras lidera na transição energética justa com metas de descarbonização

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 Revista IstoÉ Dinheiro

Maior empresa brasileira, a Petrobras se tornou a maior protagonista também na jornada de descarbonização no país. À companhia definiu compromissos ambiciosos para liderar na transição energética justa no Brasil e reforçar sua posição como uma das empresas que atua no setor de petróleo com menor emissão de gases de efeito estufa no mundo. A meta principal é neutralizar as emissões de carbono em suas operações sob controle até 2050, alinhada ao Acordo de Paris, e influenciar parceiros em ativos não operados a seguir a mesma direção.

A companhia anunciou em novembro o lançamento do Plano Estratégico 2025-2029 (PN 2025-29) com investimentos previstos de USS$ 111 bilhões. Este valor representa um aumento de 9% em relação ao plano anterior e reflete a busca por eficiência operacional, sustentabilidade e avanço na transição energética. Desses investimentos, US$ 16, 3 bilhões são destinados a iniciativas de baixo carbono, um crescimento expressivo de 42% frente ao plano anterior. À companhia também apresentou sua visão de longo prazo com o Plano Estratégico 2050 (PE 2050), que visa conduzir a Petrobras à neutralidade de emissões até 2050.

O segmento de Exploração e Produção (E&P) é o maior beneficiado, com US$ 77, 3 bilhões previstos – um aumento de 5% em relação ao plano anterior. O destaque é a produção no pré-sal, que representa cerca de 60% do total. Essa área continua sendo uma das principais vantagens competitivas da Petrobras, com baixos custos de produção e menor intensidade de carbono.

A companhia pretende implantar 10 novos sistemas de produção até 2029, utilizando tecnologias modernas que garantem eficiência e redução de emissões como plataformas mais eletrificadas. Projetos de revitalização (REVITs) também ganham destaque, buscando prolongar a vida produtiva de campos maduros, espe

cialmente na Bacia de Campos.

Os investimentos incluem ainda US$ 7, 9 bilhões em atividades exploratórias para reposição de reservas e US$ 9, 9 bilhões para descomissionamento e destinação sustentável de ativos em fim de ciclo de vida. A meta é atingir uma produção total de 3, 2 milhões de barris diários de óleo e gás até o fim do período.

Petrobras destinou US$ 19, 6 bilhões para o segmento de Refino, Transporte e Comercialização (RTO), um aumento de 17% em relação ao plano anterior. Entre as principais iniciativas, estão a expansão da capacidade de destilação, passando de 1, 8 milhão de barris/dia para 2, 1 milhões, a produção de Diesel S10, com ampliação de 290 mil barris/dia e o investimento em lubrificantes de Grupo Il, com capacidade de 12 mil barris/dia.

Destaque também para o Programa BioRefino, com investimentos em biocombustíveis e combustíveis sustentáveis, como o Diesel R5 (5% de conteúdo renovável como o óleo vegetal), Bioquerosene de Aviação (BioQAV) e Diesel 100% renovável. Outro destaque é a Gasolina Podium Carbono Neutro, a primeira do país a ter todas suas emissões compensadas por créditos de carbono destinados a ações como o reflorestamento da Amazônia.

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA JUSTA

Petrobras reforçou seu compromisso com a transição energética justa, com USS$ 16, 3 bilhões em iniciativas de baixo carbono – equivalente a 15% do CAPEX total. Isso inclui investimentos em Energia renovável onshore (solar e eólica), captura, uso e armazenamento de carbono (CCUS), programa reconhecido como o maior do mundo, produção de bioprodutos, como etanol, biodiesel e biometano, além de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em soluções de baixo carbono.

O programa CCUS da Petrobras é pioneiro em águas ultraprofundas e já reinjetou mais de 40 milhões de toneladas de gás carbônico nos campos do pré-sal. Com uma tecnologia própria, a Petrobras reinjeta o CO2 nos reservatórios em vez de o ventilar na atmosfera. Até 2025, a meta é atingir 80 milhões de toneladas, consolidando o compromisso da companhia com a descarbonização.

Para garantir a viabilidade do plano, a Petrobras estabeleceu um teto de USS$ 75 bilhões para a dívida bruta e projeta gerar entre US$ 45 e US$ 55 bilhões em dividendos ordinários. A flexibilidade financeira é garantida por cenários robustos de fluxo de caixa, mesmo com a volatilidade do preço do petróleo Brent.

A companhia também investe em programas socioambientais para promover educação, desenvolvimento sustentável e conservação de oceanos e florestas. Até o momento, mais de 2 milhões de hectares de áreas foram recuperadas ou conservadas e mais de 930 espécies da fauna e flora são protegidas.

Os planos da Petrobras para 20252029 e 2050 marcam uma nova fase da companhia, que busca conciliar eficiência econômica, segurança energética e compromisso com o meio ambiente. Com investimentos crescentes em transição energética e tecnologias inovadoras, a Petrobras lidera o processo de descarbonização no Brasil, garantindo um futuro mais justo, inclusivo e sustentável para todos.

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