OPEP+ pode estender cortes de produção e impulsionar preços do petróleo 

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 O Petróleo 
O mercado global de petróleo experimentou um leve aumento nos preços nesta terça-feira, com os contratos futuros do petróleo Brent subindo para US$ 72,59 por barril, um ganho de 1,06%, enquanto o petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA avançou 1,1%, alcançando US$ 68,85. Esse movimento ocorre em meio a uma crescente expectativa de que a OPEP+, grupo que reúne os maiores produtores de petróleo, estenda os cortes na produção até o final do primeiro trimestre de 2025.

De acordo com fontes da OPEP+, essa decisão pode ser anunciada na reunião programada para quinta-feira. Com a OPEP+ representando cerca de 50% da produção mundial de petróleo, a extensão desses cortes seria uma tentativa de manter o equilíbrio entre oferta e demanda, sustentando os preços em um mercado ainda pressionado por um excesso de oferta.

“Os preços do petróleo parecem estagnados, com os traders hesitando antes da reunião da OPEP+, cuja decisão pode definir o rumo do mercado até o fim do ano”, comentou Ole Hansen, analista do Saxo Bank. A OPEP+, que já vem implementando cortes graduais desde o ano passado, busca conter os efeitos de um possível superávit no mercado, dado que o Brent está negociado quase 6% abaixo de sua média de 2023.

A perspectiva de um aumento na conformidade com os cortes de produção por países como Rússia, Cazaquistão e Iraque foi apontada como um fator positivo pelos analistas do Goldman Sachs, que também veem uma possível extensão dos cortes até abril de 2025. No entanto, a pressão para aumentar a produção entre os membros da OPEP+ pode limitar a duração desses cortes, com analistas como Priyanka Sachdeva, da Phillip Nova, sugerindo que a extensão pode ser limitada a alguns meses.

Além disso, a demanda global por petróleo continua fraca, especialmente devido à desaceleração da economia chinesa. As importações de petróleo bruto da China devem atingir seu pico já no próximo ano, com a demanda por combustível para transporte começando a diminuir.

Para piorar a situação, a Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, pode ser forçada a reduzir seus preços para compradores asiáticos, o que aumentaria ainda mais as pressões no mercado. E, como se não bastasse, as expectativas em torno do Federal Reserve dos EUA, que pode não cortar as taxas de juros em sua próxima reunião de dezembro, também limitam o potencial de alta nos preços do petróleo.

Com o mercado já volátil e uma reunião da OPEP+ à vista, a direção futura dos preços do petróleo permanece incerta, com analistas e traders aguardando ansiosamente os próximos passos do cartel para determinar os rumos do mercado para o restante de 2024 e além.

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