Estudo indica importação de derivados nos próximos dez anos, em que pese aumento da posição do Brasil como exportador de petróleo

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Os dados sobre derivados de petróleo constam no caderno de Abastecimento de Derivados de Petróleo do Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (PDE 2034), publicado nesta terça-feira (24/09)

O Brasil deverá ampliar a condição de exportador líquido de petróleo nos próximos dez anos. Atualmente perto de 2 milhões de barris por dia, a exportação deve ultrapassar a marca de 3 milhões de barris por dia em parte desse período. A informação consta no caderno de Abastecimento de Derivados de Petróleo do Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (PDE 2034), publicado nesta terça-feira (24/09), pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Esse volume expressivo das exportações brasileiras de óleo cru poderá elevar ainda mais a importância e relevância do País no quadro geopolítico da indústria mundial do petróleo.

O documento fornece à sociedade brasileira uma base sólida de dados e análises preditivas detalhadas sobre o segmento de refino de petróleo, as perspectivas para importação e exportação de petróleo, para oferta e dependência externa de derivados, e seus impactos para o abastecimento nacional.

Expansão do refino e dependência externa de derivados

A publicação mostra que a capacidade nacional de refino de petróleo será ampliada em 7% entre 2024 e 2034. A carteira de investimentos previstos em refino no Brasil contempla, especialmente, a ampliação do 1º trem e a conclusão do 2º trem da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Ipojuca/PE, e o projeto Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí/RJ.

Apesar desses investimentos em refino, o Brasil permanecerá como importador líquido de derivados de petróleo nos próximos dez anos, com destaque para as importações de óleo diesel, nafta e querosene de aviação (QAV). Por sua vez, a produção de óleo combustível permanecerá com excedentes durante o todo o período, enquanto o balanço de gás liquefeito de petróleo (GLP) indica a possibilidade de superávit a partir da segunda metade do decênio. 

Para os especialistas da EPE, Para atendimento da projeção de importação de consideráveis volumes de derivados de petróleo, especialmente de óleo diesel, poderá exigir é apresentada uma análise de sensibilidade de investimentos na ampliação da capacidade de refino. Ações de expansão e melhoria da eficiência operacional da infraestrutura logística primária podem ser necessárias a fim de garantir o abastecimento nacional de combustíveis.

Em relação à transição energética, o caderno apresenta que, ainda que as projeções indiquem o aumento da oferta e da demanda de derivados de petróleo no Brasil, são esperados avanços em ações de descarbonização das refinarias nacionais e da infraestrutura logística de petróleo e derivados.

Fonte: Gov.br

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