Money Times
O petróleo encerrou as negociações nesta quarta-feira (10) em alta. Mais uma vez, a commodity avançou em meio ao enfraquecimento do dólar com perspectivas de que o Federal Reserve (Fed) inicie o afrouxamento monetário até o fim do ano.
Além disso, os estoques do petróleo nos Estados Unidos caíram mais que o previsto na semana passada.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) também manteve a perspectiva de demanda do petróleo para 2024. Para o cartel, o crescimento econômico e a temporada de viagens aéreas devem apoiar o uso de combustível nos meses de verão no hemisfério norte.
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, com vencimento em setembro, terminaram o dia com alta de 0,50%, a US$ 85,08 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI), para agosto, subiram 0,85%, a US$ 82,10 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA.
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O que mexeu com petróleo hoje?
Os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram queda de 3,443 milhões de barris, a 445,096 milhões de barris, na semana passada, segundo dados divulgados pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. Os analistas consultados pelo The Wall Street Journal esperavam um recuo menor, de 1,1 milhão de barris.
Por outro lado, a Opep disse que a demanda mundial de petróleo deve aumentar em 2,25 milhões de barris por dia (bpd) em 2024 e em 1,85 milhão de bpd em 2025, em relatório mensal. As previsões não sofreram alterações em relação ao mês passado.
“Prevê-se que a forte mobilidade e as viagens aéreas no hemisfério Norte durante a temporada de férias de verão impulsionem a demanda por combustíveis de transporte e impulsionem o crescimento nos Estados Unidos”, disse a Opep.
Os analistas estão mais divididos quanto à força do crescimento da demanda de petróleo, em parte devido ao ritmo da transição mundial para combustíveis mais limpos. Mais cedo, a BP disse que a demanda de petróleo atingiria o pico no próximo ano.
A Opep+, que agrupa a Opep e aliados como a Rússia, implementou uma série de cortes na produção desde o final de 2022 para apoiar o mercado. O grupo concordou em 2 de junho em estender o último corte de 2,2 milhões de bpd até o final de setembro e eliminá-lo gradualmente a partir de outubro.
*Com informações de Reuters.