Petrobras confirma que pretende mudar acordo de acionista da Braskem para viabilizar venda

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Fonte: Valor Online

A Petrobras confirmou, em esclarecimento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que avalia “possíveis alterações” nos acordos de acionistas nas empresas em que têm participação, como na petroquímica Braskem, para buscar a “valorização de seu portfólio”.
“A Petrobras e a Odebrecht devem começar em breve negociação para rever o acordo de Acionistas da Braskem”, disse a estatal em comunicado. “Para a Petrobras, é imperativo rever as condições do acordo para que possa vender sua participação na Braskem. Em setembro do ano passado, a estatal anunciou que pretende sair do segmento petroquímico”, disse a empresa.
O documento foi enviado como resposta a questionamento da autarquia sobre notícia do jornal Valor Econômico afirmando que a Petrobras e a Odebrecht devem rever o acordo de acionistas da Braskem para que a estatal possa vender sua fatia e deixar o negócio.
No esclarecimento desta quinta-feira (9), a Petrobras reforça que pretende "sair integralmente" do setor petroquímico para reduzir sua alavancagem financeira, preservar o caixa e se concentrar nos investimentos prioritários, como na produção de petróleo e gás no Brasil em áreas de grande produtividade e retorno. A estatal ressalta que tais informações foram divulgadas no plano de negócios e gestão 2017-2020.
A empresa informou, no entanto, que até o momento "não foi iniciado processo para alienação da participação acionária detida na Braskem".
Nafta
A companhia também respondeu às informações de que houve perdas financeiras com a nafta fornecida à Braskem. Segundo o esclarecimento, no que diz respeito ao contrato de fornecimento de nafta celebrado em 2009 e às perdas associadas, a Petrobras prestou "as devidas informações ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal" ao longo de 2015, "conforme solicitações recebidas durante as investigações que deram origem às ações em curso no âmbito da Operação Lava-Jato".
A petrolífera diz ainda que comunicou ao mercado, em julho daquele ano, sobre as solicitações das autoridades no âmbito da Lava-Jato e que se compromete a divulgar "tempestivamente" ao mercado novos fatos julgados relevantes sobre o assunto.

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