Money Times
O petróleo fechou o último pregão do mês — e do semestre — em queda, com preocupações sobre a demanda e a despeito do enfraquecimento do dólar após dados de inflação em linha com o esperado nos Estados Unidos (EUA).
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, com vencimento em setembro, terminaram o dia com baixa de 0,30%, a US$ 85,00 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI), para agosto, caíram 0,24%, a US$ 81,54 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA. Durante o pregão, os futuros do WTI atingiram a máxima intraday de US$ 82,72 o barril, o maior nível desde 30 de abril.
Apesar da queda, os saldos semanais e mensais foram positivos. O Brent subiu 0,79% nos últimos cinco dias e o WTI teve avanço de 1% na semana e alta de 5,98% em junho.
Os preços da commodity acumularam ganhos de mais de 10% nos primeiros seis meses de 2024. Os riscos geopolíticos com os conflitos entre Israel e o grupo extremista Hamas, além da guerra entre Ucrânia e Rússia, elevaram o valor do óleo em meio à fraqueza da demanda global.
Vale lembrar que no começo de junho, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) decidiu pela continuidade dos cortes na produção do petróleo.
Porém, foi adicionada uma data de validade para a medida: a partir de outubro deste ano, o grupo liderado pela Rússia prevê o retorno gradual à produção de 2,2 milhões de barris por dia, processo que deve durar até setembro de 2025.
A decisão do cartel reduziu os ganhos do semestre já que a expectativa, com o fim dos cortes voluntários, é de que a oferta do petróleo tenha aumento considerável a partir do quatro trimestre — mesmo com os sinais de recuo na demanda global.
Apesar disso, o petróleo Brent acumulou alta de 12,28% nos primeiros seis meses deste ano. Já os futuros do WTI avançaram 13,89% entre janeiro e julho.