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O petróleo fechou em baixa de mais de 3%, com investidores ponderando até que ponto a guerra no Oriente Médio representa um risco para o mercado da commodity. O barril do WTI hoje caiu a um valor inferior ao visto antes do estopim do conflito, no último dia 7.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 3,77% (US$ 3,23), a US$ 82,31 o barril. No último dia 6, a cotação do contrato mais líquido era de US$ 82,79 o barril.
Enquanto isso, o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 3,19% (US$ 2,85), a US$ 86,35 o barril. No último fechamento antes da guerra, o contrato mais líquido custava US$ 84,58.
O mundo acompanhou nesse fim de semana a expansão da investida por terra de Israel na Faixa de Gaza. Também no noticiário, uma leva de 33 caminhões com ajuda humanitária entrou no território sitiado – o maior comboio desde o início do conflito. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse hoje que não concordará com um cessar-fogo. O comentário vem na esteira da declaração do ministro da Defesa israelense no sábado de que a guerra será longa.
A CMC Markets avalia que a ofensiva israelense em Gaza se revelou mais comedida do que muitos inicialmente temiam que pudesse ser. “Apesar do aumento da temperatura geopolítica ao longo das últimas semanas, os preços do petróleo deram poucos sinais de se aproximarem dos picos de setembro, uma vez que as preocupações com a fraca demanda superam as preocupações com a perturbação da oferta e a propagação do conflito”, disse a consultoria em relatório.
Nas últimas semanas, a fraca atividade econômica na Europa – como reforçou hoje a contração do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha – e os temores pelas taxas de juros mais altas por mais tempo nos EUA têm levantado preocupações com a demanda global.
A Ritterbusch and Associates disse que apenas um pequeno prêmio de risco geopolítico parece ter sido adicionado à cotação do petróleo, diante da guerra no Oriente Médio. Essa perspectiva teria inclusive colaborado para o sell-off na semana passada, segundo a consultoria.
(Estadão Conteúdo)