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Após a Petrobras reduzir em 4,1% o preço da gasolina e elevar em 6,6% o valor cobrado pelo diesel nas suas refinarias, os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) reduziram, pela segunda semana seguida, suas projeções de alta para a inflação deste ano.
Segundo as previsões divulgadas nesta segunda-feira (23), o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deve fechar 2023 com alta de 4,65%, ante variação de 4,75% estimada na semana passada. Há um mês, era esperado um avanço de 4,86% dos preços.
Se confirmada, a expectativa mostra que a inflação oficial será, pelo terceiro ano seguido, maior do que o teto da meta estabelecida pelo governo para o período, de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 1,75% para 4,75%). A projeção atual aparece a apenas 0,15 ponto percentual do limite.
No último RTI (Relatório Trimestral de Inflação), divulgado em setembro, o BC calcula que a probabilidade de a alta furar novamente o teto da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional) passou de 61% para 67%.
Para este mês de outubro, a previsão é que o IPCA apresente uma alta de 0,27%, o que representará um leve quarto ganho de força ante o avanço dos preços de setembro (+0,26%). Em novembro e dezembro, as projeções são de alta do índice oficial de preços de, respectivamente, 0,3% e 0,51%.
As expectativas para o índice do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2024 também foram reduzidas, de 3,88% para 3,87%. Já para 2025 e 2026, as projeções permanecem estáveis em 3,5% para ambos os anos.
Com as novas projeções, a aposta na cotação do dólar foi mantida em R$ 5. No entanto, entre os preços administrados, que incluem combustíveis, planos de saúde e energia elétrica, a expectativa caiu pela terceira vez seguida e passou para uma alta de 9,68% neste ano, ante alta prevista de 10,1% na semana passada.