Petróleo fecha em queda com correção e aumento de estoques nos EUA

Valor Econômico

O petróleo terminou a sessão desta quarta-feira (13) em baixa, pressionado por um movimento de correção após bater novamente as máximas do ano na véspera. O aumento inesperado dos estoques da commodity nos EUA sinalizou demanda mais fraca e ajudou a tirar o ímpeto dos contratos futuros.

O petróleo WTI, a referência americana, com entrega prevista para outubro anotou queda de 0,36%, a US$ 88,52 por barril. Já o barril do Brent, a referência global, para novembro caiu 0,20%, a US$ 91,88.

Os contratos oscilaram na maior parte do dia, sem impulso, depois de atingirem os maiores fechamentos de 2023 por diversas sessões desde o começo de setembro. A tendência negativa, ainda que moderada, se firmou depois que o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) estimou que os estoques de petróleo cru nos EUA subiram 3,955 milhões de barris na semana encerrada na última sexta (8).

O mercado esperava redução de 1,9 milhão de barris, e os números de estoques de gasolina e produtos destilados também contrariaram a expectativa de queda. As altas nos três segmentos sinalizam um enfraquecimento da demanda por petróleo e combustíveis americanos.

Outro fator observado pelo mercado foi o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA de agosto, que subiu em linha com o esperado, puxado pelos preços de energia e alimentos, que não compõem o núcleo do indicador.

“O petróleo perdeu força após o CPI sugerir que os gastos dos consumidores irão enfraquecer, devido ao aumento nos preços da gasolina e das tarifas aéreas. Os dados econômicos não são um bom presságio para as perspectivas de demanda por petróleo no fim do ano”, diz o analista-sênior de mercados da Oanda, Edward Moya.