Poder 360
O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), apresentará o texto do programa “Combustível do Futuro” na próxima 5ª feira (14.set.2023). A cerimônia está prevista para ser realizada às 11h, no Palácio do Planalto.
Segundo auxiliares do ministro, o programa estabelece ações de descarbonização em 3 áreas que demandam combustíveis ostensivamente: automóveis individuais, transporte de carga e aviação. Em todos será aumentado o percentual de combustíveis limpos como parte da mistura final.
Na gasolina, a proporção de etanol passará dos atuais 27,5% para 30%. No diesel, a mistura de biocombustível está hoje em 12%. O ritmo de alta é de 1 ponto percentual a mais por ano. Em 2024, será 13%, por exemplo. O governo vai aumentar o ritmo em até 3 vezes.
O último anúncio ainda está sendo modelado. É a composição do SAF, que é o combustível de aviação sustentável, na sigla em inglês, na querosene de aviação. Ainda não há um percentual mínimo pré-definido.
A ideia é fazer algo semelhante aos Estados Unidos. A partir de 2024, será obrigatório no país ter 2% de SAF na composição. O volume será aumentado continuamente até chegar em 63% em 2050, segundo a Iata (International Air Transport Aviation).
O programa vem sendo anunciado há algum tempo, mas houve reviravoltas internas. Haverá outro anúncio antes do fim do ano.
Silveira e sua equipe trabalham em uma modelagem para a produção de hidrogênio verde no Brasil. A ideia é enviar um conjunto de leis até o fim do ano.
O governo está impulsionando a chamada “agenda verde”. Foi anunciada como prioridade. Mas o Congresso se antecipou. Quer liderar o debate sobre o tema.
O anúncio de Silveira conta com o apoio da equipe econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de algumas das principais entidades do setor.