Valor
Prates usou rede social para afirmar que o reajuste não foi suficiente para um aumento tão grande nos pontos de venda
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, usou perfil oficial na rede social X (ex-Twitter), ontem, para dar um recado às autoridades, a pedir para fiscalizarem andamento de preços de combustíveis nos pontos de venda.
Essa semana, a Petrobras anunciou aumento em R$ 0,41 por litro para seu preço médio de venda de gasolina A para as distribuidoras, que passou a ser de R$ 2,93 por litro. Para o diesel, a Petrobras aumentou em R$ 0,78 por litro preço médio de venda de diesel A para as distribuidoras, que passou a ser de R$ 3,80 por litro. Os ajustes entraram em vigor em 15 de agosto.
Na rede social, Prates postou imagem de uma matéria de jornal com o título “Após reajuste da Petrobras, gasolina passa de R$ 6 no Rio”. Abaixo do título, uma foto de um posto de combustível a vender gasolina original a R$ 6,19 o litro.
“Estimamos que o impacto do ajuste de ontem [terça-feira, dia 15 de agosto] para a gasolina na porta das refinarias da Petrobras (de 0,41) é de 0,30 (considerando a mistura compulsória do etanol)”, afirmou Prates na postagem. “Considerando a sua aplicação ao preço médio anterior do Rio (R$ 5,43), a nova média deveria ser de R$ 5,73 e jamais passar de 6 reais”, disse ele. “A média Brasil estava em R$ 5,53 – portanto, R$ 5,83 pós. Hora das autoridades competentes fiscalizarem e, se necessário, protegerem o consumidor…” finalizou o presidente da Petrobras, em sua postagem na rede social.
No comunicado em que anunciou o aumento, na terça-feira 15 de agosto, a Petrobras detalhou ainda que, no caso da gasolina, a se considerar “mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos”, visto que o combustível é misturado com etanol, para venda, “a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,14 a cada litro vendido na bomba”, de acordo com cálculos citados pela companhia.
Já no caso do diesel, a considerar “mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos”, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor, ou seja, a participação da empresa na formação desse preço, “será, em média, R$ 3,34 a cada litro vendido na bomba”, detalhou a Petrobras na ocasião, no mesmo comunicado.