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A ANP (Agência Nacional de Petróleo) possui uma falha no cálculo do preço de referência para o petróleo, segundo a Refina Brasil (Associação Brasileira dos Refinadores Privados). Uma eventual alteração pela agência poderia afetar o preço da gasolina.
A associação, constituída por concorrentes da petroleira, como Acelen e Dax Oil, diz que a correção dos erros aumentaria a base de cálculo para o preço da commodity. A informação foi revelada pelo jornal Folha de S. Paulo.
O preço da ANP se baseia num cálculo que envolve a cotação do barril Brent somado a variações da pureza do petróleo brasileiro. Como o pré-sal representa ao menos 66% da produção local, o modelo estaria equivocado.
Governo perde R$ 20 bilhões por ano, diz entidade
A associação afirma também que com o suposto erro desse modelo, a união deixa de ganhar R$ 20 milhões por ano. Isso se deve ao fato de que o preço de referência do petróleo afeta diretamente o cálculo sobre o imposto de renda e a CSLL (Contribuição Sobre Lucro Líquido).
Estados e municípios que possuem atividade petroleira também seriam afetados, deixando de ganhar uma parte dos royalties do petróleo.
Concorrentes aumentam preço da gasolina; PETR4 pode ter prejuízo
Empresas concorrentes da Petrobras, como a 3R (RRRP3) e Acelen, já anunciaram o aumento do preço da gasolina. A 3R subiu a gasolina em R$ 0,12 por litro. O preço do litro em Guamaré está em R$ 3,20. Já a Acelen subiu em R$ 0,22/L, para a entrega na Bahia.
Se a Petrobras (PETR4) não aumentar o preço do combustível pode sair no prejuízo ou, então, ser obrigada a reajustar os preços dos combustíveis aos consumidores, por ter abandonado a política de paridade de importação (PPI).
A afirmação é do sócio fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Bruno Pascon, ao avaliar que a estatal já elevou o fator de utilização o parque de refino a 93% no segundo trimestre de 2023. Entenda mais aqui.