Petróleo fecha em alta firme após FMI melhorar perspectiva para economia global

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Valor Econômico

O petróleo encerrou a sessão desta terça-feira (25) com ganhos robustos no mercado futuro de mais de 1%, impulsionados pela melhora da perspectiva da economia global após o Fundo Monetário Internacional (FMI) elevar sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2023. O barril do petróleo WTI, a referência americana, com entrega prevista para setembro fechou em alta de 1,13%, a US$ 79,63. Já o do Brent, a referência global, para o mesmo mês subiu 1,09%, a US$ 83,64. Assim, os contratos mais líquidos da commodity energética voltaram a renovar máximas de fechamento desde meados de abril.

No começo da sessão, o petróleo registrava movimentos tímidos, chegando a cair após um rali recente que o colocou nos seus maiores níveis em mais de três meses. Os contratos só ganharam força depois que o FMI divulgou suas novas projeções para a economia global, que incluíram um acréscimo de 0,2 ponto percentual para o crescimento do PIB global em 2023, a 3%.

“As previsões de crescimento global são cruciais para a perspectiva de demanda por petróleo, e agora parece que só pode melhorar à medida que tivermos mais estímulos da China e com as esperanças de um pouso suave nos EUA”, diz o analista-sênior de mercados da Oanda, Edward Moya.

Segundo ele, o petróleo deve enfrentar resistência em breve e, por isso, o rali deve se consolidar até a reunião de amanhã de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). Com a alta de 25 pontos-base há muito tempo precificada, o mercado aguarda para ver se o comunicado e a coletiva do presidente do BC americano, Jerome Powell, trarão um tom mais conservador ou otimista quanto ao fim do ciclo de alta de juros.

“Se Powell telegrafar mais aumentos de juros além da taxa terminal esperada atualmente, isso pode estrangular qualquer entusiasmo nascente” no mercado de petróleo, destaca Michael Lynch, presidente da Strategic Energy & Economic Research.

Antes da decisão do Fed, sairá o relatório do Departamento de Energia (DoE) sobre os estoques semanais de petróleo nos EUA. Segundo Lynch, eles serão importantes para entender se há maior volume de exportações nos EUA, o que pode indicar o quão apertados estão os mercados asiáticos em meio à maior demanda da China e menos oferta da Rússia.

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