Etanol cai mais que a gasolina nos postos desde início do ano, mas segue sem vantagem

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24/01/2023
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Valor Econômico
Os preços do etanol hidratado (que abastece diretamente os tanques) tiveram quedas mais expressivas do que a gasolina nos postos desde o início do ano, mas o biocombustível segue sem competitividade.
Na semana móvel encerrada dia 21, os preços do etanol recuaram em 17 Estados e subiram no Distrito Federal e outros sete Estados, só ficando estável em um, de acordo com o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na semana anterior, os etanol já havia caído em 14 unidades federativas e só havia subido em nove (estável em dois).
Nos postos de São Paulo, que concentram metade do consumo nacional de combustíveis, os preços do etanol já caíram 4,6% em duas semanas, para R$ 3,76 o litro na semana passada, enquanto a gasolina recuou 3,4%, para R$ 4,90 o litro. Apesar da diferença, o etanol ainda vale 77% do preço da gasolina, bem acima dos 70% de paridade técnica válida para a média da frota flex brasileira, e ainda acima de níveis de paridade de veículos fex mais novos, que podem chegar a 75%.
Mesmo em Goiás, onde o etanol também costuma oferecer vantagem em boa parte do ano, o litro do biocombustível estava valendo 76% do preço da gasolina na última semana, mesmo após duas quedas seguidas que acumularam uma variação de 8,6%, para R$ 3,62 o litro.
Em Mato Grosso, onde há a oferta excedente das usinas de etanol de milho, o preço do renovável já caiu 4,4% em duas semanas, para R$ 3,50 o litro, e na última semana ficou em 71% do preço da gasolina, o que já o aproxima da vantagem em relação ao combustível fóssil.

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