Valor Investe
Os contratos de petróleo encerraram a terça-feira (17) em alta, enquanto investidores ainda se beneficiam do clima otimista que tomou conta do mercado após a reabertura econômica e sanitária da China. Ao longo da sessão, os investidores também avaliaram o relatório mensal da Opep.
O contrato futuro do petróleo Brent (referência global) para o mês de março fechou em alta de 1,73%, negociado a US$ 85,92 o barril na ICE, em Londres. Ao mesmo tempo, a referência norte-americana do West Texas Intermediate (WTI) para março subiu 0,42%, negociado a US$ 80,45 o barril na Nymex.
A expectativa do mercado é que a reabertura da China após rígidas medidas restritivas por conta da covid-19 seja o principal impulsionador do aumento da demanda por petróleo neste ano. Contudo, para o analista-sênior de mercados da Oanda, Ed Moya, o rali do petróleo induzido pelo otimismo da reabertura chinesa “pode durar um pouco mais, mas deve parar em breve”.
“Os investidores do mercado de energia provavelmente estão a alguns dólares de uma resistência técnica maciça”, diz o documento, destacando que o setor manufatureiro dos Estados Unidos está “enfraquecendo rapidamente” e isso pode prejudicar o atual rali da commodity.
A Organização para os Países Exportadores de Petróleo (Opep) também alertou sobre o otimismo em relação à reabertura do país asiático. Para o órgão, a reabertura chinesa pode ser mais acidentada do que o esperado e que, também, apresenta riscos, como um novo surto de casos de covid-19, o que poderia atrasar uma recuperação da demanda pela commodity.
A Opep continua prevendo que o crescimento da demanda global de petróleo desacelerará este ano, com alta de 2,2 milhões de barris por dia, ante o avanço de 2,5 milhões de barris por dia em 2022. Espera-se que a demanda global de petróleo atinja uma média de 101,8 milhões de barris por dia em 2023, em comparação com 99,6 milhões de barris por dia no ano passado.