Money Times
O presidente Jair Bolsonaro reapareceu nas redes sociais para comemorar a queda de R$ 0,20 no litro da gasolina e de R$ 0,40 no diesel, em movimento da Petrobras (PETR4) que não chamou diretamente de ‘seu’ na mensagem, mas não lembrará aos consumidores de etanol que a volta do PIS/Cofins sobre os combustíveis é obra sua.
Ele deixará a presidência e os impostos federais voltam a partir de 2 janeiro, depois de zerados por Medida Provisória do Executivo em junho, com potencial para voltar a tirar competitividade da gasolina.
Com isso em vista, a redução do preço do combustível fóssil nas refinarias da Petrobras, a partir desta quarta (7), exercerá poder limitador nas baixas esperadas do etanol hidratado.
As usinas deverão moderar os preços às distribuidoras, isso se houver, por parte delas, a necessidade de buscar maior competividade frente à gasolina.
Paulo Strini, do grupo comercializador Triex, acredita nesta tendência de cautela, depois que os preços nas indústrias já haviam cedido bem na semana passada, 1,20% (R$ 2,77,57), seguindo duas semanas anteriores também em redução, em levantamento do Cepea.
Martinho Ono, da SCA Trading vai na mesma linha, se dizendo surpreso com a redução da estatal já que o petróleo segue em muita volatilidade, cenário no qual a companhia sempre se disse avessa a conduzir reajustes em qualquer direção.
Ele ainda a possibilidade de limitação nas indústrias de etanol às chuvas, na medida em que já há um atraso e várias usinas continuam operando quando o normal é praticamente fim das operações nesta época do ano.
A safra seguinte também fica no radar do clima durante a entressafra e combinará com a subida ao cargo do presidente Lula e a expectativa se ele vai reeditar a MP dos tributos federais ou manter a decisão do presidente que sai.