Valor Econômico
O grupo técnico de Agricultura do gabinete de transição do governo eleito condenou a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de manter a mistura do biodiesel no diesel vendido no país em 10% até o fim de março de 2023 e incluir produtos coprocessados no mandato do biocombustível, como o chamado diesel renovável da Petrobras.
Em nota, o GT de Agricultura disse que é enfaticamente contra a decisão. “Trata-se de um duro e duplo golpe: na cadeia produtiva do biodiesel, que trabalha com base no planejamento, e na sociedade, ao contribuir para o aumento da emissão de gases efeito estufa”, diz a nota assinada pelos membros do GT.
O grupo disse que é imprescindível que o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e o presidente Jair Bolsonaro não publiquem a resolução aprovada pelo CNPE. “Trata-se de uma decisão que terá efeitos para o próximo governo e que não poderia ser tomada sem uma análise conjunta com a equipe de transição”, diz a nota.
Ontem, o ministro da Agricultura, Marcos Montes, afirmou que chegou à Casa Civil um pedido da equipe de transição para que o teor da mistura fosse mantido em 10% no primeiro trimestre para que o governo eleito pudesse analisar o tema.