Petróleo fecha em queda, após decisão do Fed de elevar juros

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Valor Econômico

Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda, nesta quarta-feira (21), repercutindo a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que manteve o aperto monetário mais agressivo com o aumento de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros dos Estados Unidos. O dólar no exterior segue fortalecido após a reunião e chegou ao seu maior valor em 20 anos, hoje, enquanto os ativos de risco operam em queda.

O contrato do petróleo Brent, a referência global da commodity, para dezembro fechou em queda de 0,67%, a US$ 88,80 por barril, enquanto o do WTI americano para novembro caiu 1,19%, a US$ 82,94 por barril.

O índice dólar DXY, que normalmente tem correlação negativa com a commodity, operava em alta de cerca de 0,47% por volta do horário de fechamento do petróleo, a 110,718 pontos.

“As taxas mais altas são restritivas por natureza e, provavelmente, se tornarão um obstáculo para os gastos do consumidor, incluindo os de produtos refinados, como gasolina e diesel”, afirmou Tyler Richey, coeditor da Sevens Report Research. No entanto, “o anúncio do Fed de hoje não é um divisor de águas para o mercado de petróleo, e ainda precificamos o petróleo na faixa de US$ 70 a US$ 80 por barril”, acrescentou.

O dia foi volátil para a commodity, que apresentou ganhos durante a manhã após o pronunciamento do presidente da Rússia, Vladimir Putin, que pediu aos reservistas do país que se mobilizassem na guerra contra a Ucrânia e sinalizou uma ameaça de usar armas nucleares.

Contudo, na tarde desta quarta, os preços do petróleo entraram em território negativo com a divulgação dos dados dos estoques americanos da commodity, que subiram 1,14 milhão de barris na semana encerrada no dia 16 de setembro, para 430,77 milhões de unidades, de acordo com dados divulgados pelo Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês). A alta ficou aquém da expectativa dos analistas consultados pelo “Wall Street Journal”, de aumento de 2,2 milhões de barris no período. Os estoques de gasolina, por sua vez, subiram 1,57 milhão de barris, contrariando a expectativa, que era de recuo de 500 mil unidades.

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