Folha de S. Paulo
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta quarta-feira (17), que vai estender a desoneração de impostos federais ao gás de cozinha.
Bolsonaro afirmou ainda que “pediu” para zerar querosene de aviação, mas que a equipe econômica avaliará.
“Hoje tive conversa com parte da equipe econômica de Paulo Guedes sobre PLOA [Projeto de Lei Orçamentária Anual], nosso Orçamento, para o ano que vem. Garantimos continuar com zero imposto federal na gasolina, no diesel e no gás de cozinha”, disse. “Pedi pro pessoal zerar agora querosene de aviação”, completou.
Depois, a jornalistas, ele esclareceu que o caso ainda está sob estudo. “Tá vendo o impacto, né? Por que realmente está lá em cima e isso prejudica o turismo e realmente o movimento de passageiros no Brasil.”
As declarações foram dadas a uma plateia de prefeitos, em um evento de campanha em Brasília.
Como mostrou a Folha, o governo vai enviar a proposta de Orçamento de 2023 prevendo a manutenção da desoneração de tributos federais sobre combustíveis, a um custo aproximado de R$ 50 bilhões, segundo fontes do governo. Técnicos do governo falavam que a medida chegava à gasolina e ao diesel.
Não haverá na peça orçamentária reserva de recursos para garantir a continuidade do adicional de R$ 200 para o Auxílio Brasil.
A manutenção do benefício mínimo de R$ 600 tem sido sinalizada tanto por Bolsonaro quanto pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto.
Aos prefeitos, nesta quarta, Bolsonaro também voltou a prometer que o Auxílio Brasil de R$ 600 passará a ser permanente. Segundo disse, isso ocorreria por meio de uma PEC (proposta de emenda à Constituição) depois das eleições.
“O auxílio está acertado. Será sacramentado após as eleições com proposta de emenda à Constituição, que eu tenho certeza que o Parlamento vai apoiar novamente”, afirmou a jornalistas.