Combustível cai, mas consumidor ainda reclama

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Mesmo com a redução nas bombas, os preços ainda pesam no orçamento dos motoristas

Tribuna da Bahia

O preço dos combustíveis ficou mais barato na capital baiana desde a última sexta-feira (12). Segundo a Acelen, responsável pela administração da Refinaria de Mataripe, em São Francisco do Conde (Ba), houve uma redução de 4,3% no diesel e 4,4% na gasolina. Após a baixa, o diesel passou a custar R$ 7,19 e a gasolina R$ 5,54, em alguns postos na capital baiana, porém os motoristas ainda demonstram descontentamento com os preços ao lembrar que um dia pagaram bem mais barato para encher o tanque do carro.
Luan Souza, de 24 anos, profissional da Tecnologia da Informação (TI), contou que usa o carro para ir ao trabalho e resolver pendências na rua todos os dias em Salvador. Ele revelou que a redução do preço dos combustíveis permitiu organizar melhor o orçamento familiar, porém ainda considera salgado e tem receio de ter que apertar novamente as contas para que não falte nada em casa.
O secretário executivo do Sindicombustíveis Bahia, Marcelo Travassos, disse que o valor commodities, produtos de origem agropecuária ou de extração mineral, em estado bruto ou pequeno grau de industrialização, destinados ao comércio externo, tem impactado no preço dos combustíveis e que por causo disso há variações constantes.
“A gente tem experimentado nos últimos meses uma redução no preço do barril do petróleo em função da recessão provocada pelo fechamento da atividade econômica da China, que fornece produtos para o mundo inteiro. Aproximadamente, no mês de maio o barril estava comercializado a $1,30 e hoje está sendo comercializado por $0,90 e isso tem refletido no preço internacional, inclusive no Brasil”, declarou.
A redução foi de 4,3% no diesel e 4,4% na gasolina, segundo informou a Acelen | Foto: Romildo de Jesus
Questionado se há previsão de nova redução no valor dos combustíveis nos postos, Marcelo Travassos foi enfático ao dizer ser impossível prever os preços que serão repassados para o consumidor nos 3.400 postos espalhados por toda a Bahia. “Nós estamos no segmento que é muito sensível no ponto de vista do direito econômico e temos como regra não se manifestar sobre preços futuros, porque não posso prever o que as empresas vão fazer amanhã”, completou.
Em nota, Acelen informou que “os preços dos produtos produzidos pela Refinaria de Mataripe seguem critérios de mercado que levam em consideração variáveis como custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais, dólar e frete” e reafirmou “aposta em uma política transparente, amparada por critérios técnicos, em consonância com as práticas internacionais de mercado.”

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