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O petróleo fechou em queda nesta quinta-feira (21), enquanto o mercado continua avaliando a perspectiva de demanda no curto prazo, com o relatório do Departamento de Energia (DoE) dos Estados Unidos de ontem ainda reverberando temores, em meio ao enfraquecimento da economia americana. Além disso, do lado da oferta, suprimentos de óleo da Líbia estão retornando.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para setembro recuou 3,53% (US$ 3,53), a US$ 96,35, e o do Brent para o mesmo mês cedeu 2,86% (US$ 3,06) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 103,86.
De acordo com o economista da Oanda Edward Moya, os preços do petróleo estão caindo à medida em que os traders de energia reavaliam as perspectivas de demanda de curto prazo no momento em que economia dos EUA começa a mostrar mais sinais de que está enfraquecendo rapidamente.
“Os dados desta manhã não favoreceram o petróleo depois que os pedidos de seguro-desemprego atingiram uma alta de oito meses e o índice do Fed da Filadélfia mostrou uma desaceleração maciça”, destaca, em relatório enviado a clientes.
“O mercado de petróleo está começando a ver mais suprimentos da Líbia e, com o ritmo de enfraquecimento dos dados econômicos globais, talvez não precisemos ver muito mais produção”, completa.
“Os suprimentos da Líbia estão retornando ao mercado mundial e a destruição da demanda por gasolina está aumentando mais rápido do que se pensava”, disse Dennis Kissler, do BOK Financial. “A demanda por gasolina está agora estimada em 7,6% abaixo do ano passado (uma queda significativa em relação a apenas duas semanas atrás)”.
Na quarta-feira (20), o preço do petróleo já havia caído ao acompanhar movimento geral após a União Europeia (UE) anunciar plano para reduzir seu consumo de gás em 15% até o fim de março de 2023.
pesar de, inicialmente, não terem demonstrado reação forte, os contratos futuros de petróleo acabaram por perder força diante dos planos da UE, que vêm em um momento de risco para a oferta de gás da Rússia ao bloco.
Com informações do Estadão Conteúdo)