Agência Estado
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que vai começar a visitar postos de gasolina a partir desta segunda-feira, 18, para verificar se houve redução dos preços após a sanção do projeto de lei que estabelece teto na cobrança do ICMS dos combustíveis.
“Se postos repassarem (diminuição do ICMS), teremos um dos combustíveis mais baratos do mundo. No mínimo, gasolina tem que baixar R$ 0,79 (por litro). Demos um prazo (para redução nos preços) e pretendo visitar postos a partir de amanhã”, afirmou o presidente em entrevista a jornalistas na frente do Palácio da Alvorada, em Brasília, neste domingo, 17.
Bolsonaro tem incentivado a população a fazer vídeos nos postos de gasolina para atestar a redução no preço dos combustíveis. O governo editou um decreto que obriga os estabelecimentos a exibirem nas notas fiscais os preços praticados em 22 de junho em comparação com os valores atuais. Oito partidos ingressaram com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar a norma, considerada eleitoreira.
A redução nos preços é uma das esperanças de Bolsonaro para frear a escalada da inflação, considerada um dos principais entraves para a melhora nos seus índices de popularidade e nas pesquisas eleitorais, lideradas ainda com folga pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bolsonaro ainda reclamou sobre as críticas de que a gasolina era mais barata nos governos do petista. “Pessoal não faz atualização monetária quando diz que, com Lula, gasolina era R$ 2,60”, disse. O presidente voltou a dizer que os governadores da região Nordeste, a maioria apoiadores de Lula, estão contra a redução do ICMS. “Todo Nordeste está com resistência (a reduzir ICMS); começou com bancada do PT no Senado”, pontuou.
Governadores de 11 Estados apresentaram uma ação no STF solicitando que a Corte considere inconstitucional a lei que mudou as regras de incidência do ICMS sobre combustíveis. Assinam o pedido os governadores de Pernambuco, Maranhão, Paraíba, Piauí, Bahia, Mato Grosso do Sul, Sergipe, Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Sul.