Tribuna da Bahia
Gasolina tem novo aumento de 6,7% e caminha para os R$ 8
Novo reajuste anunciado pela Acelen foi o sétimo do ano
O mês de maio iniciou mais pesado para os motoristas baianos. A Acelen, empresa que administra a Refinaria de Mataripe, em São Francisco do Conde, anunciou um novo aumento no valor dos combustíveis na Bahia. O anúncio foi feito pela empresa na última sexta-feira (29), mas o repasse para o consumidor começou a ser notado ontem (2). Em alguns postos da capital baiana, o valor da gasolina, por exemplo, pode ser encontrado de quase R$ 8.
“A Acelen informa que os preços dos produtos produzidos pela Refinaria de Mataripe seguem critérios de mercado que levam em consideração variáveis como custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais, dólar e frete. A Acelen reafirma sua aposta em uma política transparente, amparada por critérios técnicos, em consonância com as práticas internacionais de mercado”, justificou em nota a Acelen.
Também em nota, o Sindicato do Comércio de Combustíveis, Energias Alternativas e Lojas de Conveniência do Estado da Bahia (Sindicombustíveis-Bahia) disse que o repasse do reajuste depende de cada posto revendedor. No posto Shell da Paralela, por exemplo, o preço da gasolina comum estava de R$ 7,39 e do etanol de R$ 5,99 no dia de ontem. Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram, no entanto, que o preço da gasolina na capital pode variar de R$ 6.81 a R$ R$ 7,99. Para o diesel, o mínimo praticado em Salvador é de R$ 6,69 e o máximo R$ 7,28.
Sétimo reajuste do ano
Desde o início do ano, a Acelen já fez sete reajustes nos preços dos combustíveis na Bahia. O primeiro reajuste do ano ocorreu no dia 1º de janeiro. Depois a companhia divulgou reajustes em 15 de janeiro, 22 de janeiro, 5 de fevereiro, 5 de março, 26 de março, 2 de abril e agora este último (29 de abril).
Diante desses constantes aumentos e elevados preços praticados pela Acelen, o Sindicombustíveis Bahia fez ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) uma representação por possível abuso de poder econômico por parte da empresa que administra a planta de Mataripe.
“O governo e a sociedade esperavam que, com a privatização, os preços caíssem. Mas, no caso da Bahia, tem se verificado justamente o contrário. O sindicato entende que possa haver abuso de poder econômico da Acelen, que atua como monopolista no mercado de refino na Bahia, e vem impondo às distribuidoras preços maiores que os praticados pelas demais refinarias brasileiras”, declarou à época à Tribuna da Bahia o presidente do sindicato, Walter Tannus Freitas.