G1
Valor médio do litro da gasolina, por sua vez, registrou alta de 0,70% entre 17 e 23 de abril
O preço médio do litro do etanol aumentou 4,8% nos postos do país entre 17 e 23 de abril, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (26) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O litro do combustível foi de R$ 5,241 a R$ 5,496 no período, uma alta de 4,8%.
(Correção: o g1 errou ao informar que o preço da gasolina sofreu queda de 0,7% na semana. O combustível teve alta de 0,7% no período. A reportagem foi corrigida em 27 de abril, às 8h15)
Problemas envolvendo a colheita da cana-de-açúcar, que é a matéria-prima do etanol, pressionaram a alta de preços, segundo especialistas consultados pelo g1.
A gasolina, por sua vez, registrou uma alta de 0,70% na semana passada. O preço médio do combustível passou de R$ 7,219 para R$ 7,270 entre 17 e 23 de abril — o mais alto da série histórica da ANP.
O preço médio do diesel também subiu no intervalo: foi de R$ 6,587 a R$ 6,600, o que representa uma alta de 0,3%.
O preço do gás de cozinha de 13 kg, por sua vez, passou de R$ 113,54 para R$ 113,24 (-0,26%).
Novo presidente da Petrobras
José Mauro Ferreira Coelho tomou posse como presidente da Petrobras no dia 14 de abril. O executivo cumpre mandato de um ano e ocupa o lugar do general Joaquim Silva e Luna, que foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro em meio aos reajustes dos preços dos combustíveis.
Ferreira Coelho não endereçou diretamente a questão da política de preços da Petrobras, mas sinalizou que pretende manter o “modelo de gestão” adotado desde 2017 com melhorias na “comunicação da empresa” sobre suas ações.
A menção de Coelho à redução da dívida, contudo, está vinculada à política de preços. Ainda na gestão de Pedro Parente, a empresa adotou o preço de paridade de importação (PPI) para definir o preço da gasolina e diesel nas refinarias. O PPI é orientado pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.
Com o dólar em patamares elevados e o valor crescente das commodities desde o ano passado, essa tem sido a principal injeção de alta no preço dos combustíveis no Brasil. Os seguidos reajustes, apesar de auxiliarem o caixa da empresa, foram as principais motivações para a troca de Silva e Luna e de seu antecessor, o economista Roberto Castello Branco.
Política de preços
É a segunda vez que Bolsonaro mexe na presidência da empresa por insatisfação com a política de preços para os combustíveis. Silva e Luna havia substituído o economista Roberto Castello Branco, que também sofreu pressão do governo federal por conta dos reajustes do diesel e da gasolina.
Desde 2016, ainda na gestão de Pedro Parente, a Petrobras adotou o preço de paridade de importação (PPI) para definir o preço da gasolina e diesel nas refinarias. O PPI é orientado pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.
A alta dos preços do petróleo no mercado internacional e o real ainda em patamares relevantes de desvalorização em relação ao dólar fizeram dos combustíveis motores importantes da inflação brasileira. De olho na reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou por diversas vezes a operação e o lucro da Petrobras.