Para conter a alta de preços dos combustíveis, governo avalia suspender reajustes ou dar subsídios
Poder 360
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta 3ª feira (8.mar.2022) que ‘não tem congelamento’ dos preços dos combustíveis. A proposta é discutida pelo governo federal que busca uma forma de conter a alta dos combustíveis.
‘Não tem congelamento. Esquece esse troço’, disse Guedes, ao deixar o Ministério da Economia nesta 3ª feira (8.mar).
O governo de Jair Bolsonaro (PL) busca uma forma de conter a alta de preço dos combustíveis diante do aumento do petróleo. O barril de petróleo passou dos US$ 130 diante da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Como mostrou o Poder360, uma das medidas estudadas pelo governo é suspender temporariamente os reajustes da Petrobras, enquanto a guerra na Europa afeta a cotação internacional do petróleo. Outra ala do governo defende a concessão de um subsídio para os combustíveis.
Guedes é contra a concessão de subsídios, já que esta medida representaria um custo para o governo. Nos bastidores, o ministro não havia mostrado tanta resistência à ideia de pedir uma ‘colaboração’ da Petrobras neste momento de guerra. Agora, no entanto, negou o congelamento.
Diante desses impasses, o ministro da Economia defende a redução dos impostos sobre os combustíveis por meio do projeto de lei que estabelece uma alíquota fixa para o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) dos combustíveis. O projeto está na pauta desta 4ª feira (9.mar.2022) do Senado Federal e afeta principalmente os caixas dos Estados.
Uma reunião entre o relator do projeto de lei dos combustíveis, o senador Jean Paul Prates (PT-RN); o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); e o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a ser cogitada nesta 3ª feira (8.mar). O encontro, no entanto, ficou para a 4ª feira (9.mar).