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O preço dos contratos de petróleo encerrou em queda de mais de 2% na sessão desta terça-feira, diante de uma redução nas tensões envolvendo a Ucrânia e a Rússia. Um possível acordo nuclear com o Irã (que pode liberar barris de petróleo no mercado) também ajuda a aliviar a pressão para cima dos preços da commodity.
Os contratos para abril do Brent, a referência global, terminaram o dia em queda de 2,06%, a US$ 90,78 o barril, na ICE, em Londres, e os preços dos contratos para março do WTI, a referência americana, recuou 2,14%, a US$ 89,36 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
As tensões na Ucrânia algum alívio, com o presidente da França, Emannuel Macron, afirmando hoje que o líder russo Vladimir Putin se comprometeu a não elevar a temperatura do nervosismo na região. A escalada vinha dando espaço para o avanço dos preços do petróleo.
Além do alívio dos preços nesse contexto, um possível progresso no acordo nuclear com o Irã sinalizou para a liberação de mais barris no mercado, reduzindo, assim, ainda mais a pressão dos preços. O Goldman Sachs, no entanto, disse que continua cauteloso com a resolução tão breve “dada a falta de negociações diretas, bem como as principais áreas de desacordo não resolvidas”.
De todo modo, o Departamento de Energia dos EUA disse projetar uma queda nos preços do petróleo mais para o meio do ano, com um aumento na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+), da própria produção americana e de países não pertencentes a Opep, em um ritmo maior do que o consumo global. “Projetamos os preços do petróleo Brent a US$ 87 por barril no segundo trimestre e US$ 75 no quarto trimestre”, disse.