Sob greve da Receita, diesel fica empacado e pode encarecer, diz associação

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CNN Brasil

A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) divulgou um comunicado para parceiros comerciais informando que a greve de funcionários da Receita Federal “já está causando sensíveis atrasos nas liberações dos combustíveis importados”, o que pode aumentar o preço do produto e até “provocar o desabastecimento no mês de janeiro de 2022”.

O documento, obtido pela CNN, informa ainda que o atraso deve provocar filas de espera para atracação e descarga e prevê um efeito cascata no preço do insumo, que deve acabar aumentando nos postos de combustível.

A importação foi o recurso utilizado pelas distribuidoras depois de a Petrobras anunciar que não conseguiria suprir toda a demanda de distribuidoras em novembro e dezembro. O comunicado aponta que os custos operacionais de um navio parado giram em torno de US$22.000 por dia.

A CNN apurou que eles já contabilizam 150 milhões de litros de diesel aguardando liberação no Porto de Santos, que concentra 60% das importações e exportações do setor no país. É esperado, no entanto, que o efeito acabe se espalhando por outros portos como Itacoatiara, Itaqui, Suape, Aratu e Araucária — e que o efeito não fique restrito ao diesel, mas também possa provocar alta no valor cobrado pela gasolina.

Uma reunião virtual realizada nessa terça-feira (28) foi realizada entre o Sindifisco e os auditores do Porto de Santos. Os funcionários da Receita Federal têm uma série de exigências ao Ministério da Economia e ao Governo Federal, como por exemplo a regulamentação do bônus de eficiência, esperado desde 2016, e a abertura de concurso público para substituir trabalhadores que deixaram o órgão ou se aposentarão.

A CNN entrou em contato com o Sindifisco e aguarda retorno sobre o impacto no setor de combustíveis. A Receita Federal disse que não vai se manifestar.

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