ES e Vibra assinam com BNDES contrato para privatização de estatal do gás

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O Estado de S. Paulo

O governo do Espírito Santo e a Vibra Energia (antiga BR Distribuidora), sócios na Companhia de Gás do Espírito Santo (ES Gás), assinam hoje o contrato que permitirá ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fazer a revisão da avaliação e a modelagem do leilão da concessionária. A empresa pode ser vendida por R$ 1,2 bilhão, segundo estimativas do mercado. O governo espera que o leilão aconteça no início do próximo ano e que o comprador seja uma grande empresa da área, que deverá aumentar a malha de distribuição e o desenvolvimento do Estado, com o barateamento do insumo e a atração de indústrias que fazem uso intensivo de gás natural.
O Espírito Santo é dono de 51% das ações ordinárias da ES Gás e 2% das preferenciais, enquanto as participações restantes pertencem à Vibra Energia. “Queremos que seja uma empresa que tenha entrada para gás importado, distribua para o País todo, e seja fornecedor para empresas que queiram se instalar aqui”, disse o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande.
Um dos trunfos que o governo estadual tem para a venda da empresa é a Nova Lei do Gás, aprovada no início do ano com a promessa de destravar este mercado. Segundo Casagrande, ela pode funcionar como incentivo para que empresas estrangeiras se estabeleçam no País, aumentando a competição no setor.
A termelétrica de Linhares está em negociação com a Petrobras para o fornecimento de gás para os próximos anos, segundo ele. Com a existência de outra empresa no segmento, ela teria mais opções para negociar.
Outra privatização que deve acontecer no primeiro semestre do ano que vem é a da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa). A expectativa é que o edital saia nos próximos meses, para viabilizar a desestatização no início de 2022.

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