O Estado de SP
Apesar de manter a política de preços dos combustíveis baseada na paridade dos padrões internacionais, a Petrobrás tem uma equipe técnica dedicada a buscar estratégias para tentar reduzir sua volatilidade diariamente. Isso significa que a flutuação dos preços, seja da cotação internacional do petróleo, seja a oscilação do câmbio, é acompanhada por um grupo de técnicos da área financeira que têm a incumbência de analisar os motivos de cada movimento. O repasse ao mercado doméstico – que derrubou Roberto Castello Branco da presidência da estatal – só será recomendado quando o modelo levar a uma tendência de longo prazo, ou seja, a uma mudança estrutural. Isso pode até corresponder a repasses menos frequentes, mas não a uma blindagem nos preços. » Teste. Nos últimos 30 dias, por exemplo, o conjunto dos pareceres apontou apenas condições conjunturais – e não estruturais – na variação de preços. A ideia é evitar solavancos e “cavalo de pau num transatlântico”.
» Manutenção. O fato é que a gestão do general Joaquim Silva e Luna tem mantido a visão de que a estatal – na verdade uma companhia de economia mista com “controle minoritário” do governo – não poderá financiar políticas públicas em detrimento do interesse de acionistas. Ou seja: a mudança radical esperada pelo presidente Jair Bolsonaro em relação aos preços não irá ocorrer por mudança nos critérios internos da Petrobrás.