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O etanol hidratado encurtou a paridade de preços com a gasolina. Saltou de 71% para cerca de 76,7% na média da semana em São Paulo.
Significa que a competitividade diminuiu, indo de uma diferença nominal de R$ 1,52 para R$ 1,24, de acordo com dados que estão no site da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Gastou-se mais para se abastecer com o álcool.
Confirmado por Martinho Ono, CEO da SCA Trading, que também monitora os preços, o reflexo de duas altas semanais nas usinas comeu também a vantagem do biocombustível nos principais estados produtores do Centro-Sul, como Minas Gerais, Goiás e Paraná. Não há dados do Mato Grosso do Sul.
Na semana de 3 a 7, segundo o Cepea, a alta nas indústrias passou de 10%. De 10 a 14, mais R$ 4,19%, chegando a R$ 3,0488/l, livre de imposto e frete.
Vale ressaltar, que mesmo com a alta dos preços dos postos de combustíveis, na semana que termina, as distribuidoras de Paulínia (SP), principal hub brasileiro, tiveram de dar descontos por três dias seguidos, o que dava a entender que poderia haver queda também nas usinas.
Para Ono, pesou a influência da semana anterior, onde as distribuidoras deram médias diárias firmes de reajustes. A defasagem de tempo de repasse dos postos também influenciou, além dos baixos estoques do segmento.
A partir desta segunda (17), a SCA Trading estima que haverá um “viés de queda”.