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A criação do programa Combustível do Futuro, que prioriza o uso de fontes alternativas de energia e o fortalecimento do desenvolvimento tecnológico nacional, foi formalizada recentemente por meio de uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética. O programa é voltado para o planejamento de médio e longo prazo do setor de biocombustíveis. Segundo o Ministério de Minas e Energia, com o Combustível do Futuro, o Brasil dá mais um passo na liderança da transição energética mundial.
“O Combustível do Futuro proporcionará o aumento na utilização de combustíveis sustentáveis e de baixa intensidade de carbono, incentivando o desenvolvimento de tecnologia veicular nacional com biocombustíveis, tornando a nossa matriz de transporte mais limpa e sustentável”, explicou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Entre os objetivos do programa, segundo o ministro, estão a integração das políticas públicas relacionadas ao setor automotivo e de combustíveis e a avaliação da eficiência energética ambiental.
“O Governo Federal segue firme contribuindo de forma significativa para a redução de emissões, reforçando a sua liderança na transição energética mundial”, acrescentou o ministro.
Combustível do Futuro
Por meio do Programa Combustível do Futuro, será possível estudar as medidas para o desenvolvimento de todo o arcabouço legal e regulatório para tecnologia de captura e armazenagem de gás carbônico e a introdução do bioquerosene de aviação na matriz de transporte do Brasil. Outros temas que serão discutidos a partir do novo programa incluem a inserção de combustíveis sustentáveis no segmento marítimo e incentivos para investimentos no setor.
O Combustível do Futuro pretende ainda abordar temas como o Ciclo Otto, com os motores a explosão, e o Ciclo Diesel, com os motores a compressão. Assim, o Brasil seguirá contribuindo para a redução de emissões, como explicou o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, José Mauro Coelho.
“Nós precisamos olhar o futuro dos combustíveis no Brasil. Então, o programa Combustível do Futuro tem muito essa ideia. O que nós queremos construir para o futuro dos combustíveis do Brasil aproveitando os potenciais, os diferenciais competitivos que o Brasil tem em relação a outras nações, as tecnologias nacionais que nós podemos desenvolver na mobilidade. Então, esse é o grande objetivo do Combustível do Futuro”, ressaltou.
Também foi criado o Comitê Técnico do Combustível do Futuro composto por quinze órgãos e coordenado pelo Ministério de Minas e Energia. Segundo o ministério, o comitê será responsável por propor metodologia de avaliação do ciclo de vida completo dos combustíveis; recomendar medidas para aproximação dos combustíveis de referência aos combustíveis efetivamente utilizados pelo consumidor, assim como sugerir ações para fornecer ao cidadão informações adequadas para a escolha consciente do veículo em relação aos aspectos de eficiência energética e ambiental.
Potencial brasileiro no setor de combustível
O secretário destacou que o potencial do Brasil no setor de combustíveis é grande. “O Brasil é o quarto maior mercado de combustíveis do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia. Isso quer dizer o seguinte: o Brasil é um grande mercado de combustíveis.”
Segundo o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, José Mauro Coelho, a ideia é integrar o Combustível do Futuro com outras políticas públicas do setor, como:
– Política Nacional de Biocombustível, o RenovaBio;
– Programa Nacional e Uso do Biodiesel;
– Programa de Controle de Emissões Veiculares;
– Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular;
– Programa Rota 2030; e
– Programa Nacional da Racionalização de Uso de Derivados do Petróleo