Medidas do governo baixaram preço do diesel só em R$ 0,03 em 1,5 mês

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As medidas do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) para diminuir o preço do diesel não resultaram em quedas significativas no valor pago pelos motoristas nos postos de combustível. Comparando os preços do início de março e da metade de abril, as ações conseguiram uma redução de apenas R$ 0,03 por litro.
Segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o desconto em impostos federais, de R$ 0,31 por litro, e a redução do percentual de biodiesel na mistura do diesel que chega aos consumidores (queda de R$ 0,08 por litro, de acordo com a Federação dos revendedores) não compensaram os reajustes feitos pela Petrobras nas refinarias.

Desde o início do ano, a Petrobras já aumentou o preço do diesel em cerca de 36%. A política de preços da companhia segue os valores internacionais do petróleo, cobrados em dólar.
Preço chegou a subir depois da isenção de impostos No começo de março, quando o governo anunciou a isenção de PIS e Cofins para o diesel, a média de preço do litro do combustível estava em R$ 4,23. Semanas depois, o preço chegou a subir, atingindo R$ 4,27 por litro.

Depois, com a redução no percentual de biodiesel adicionado ao diesel – publicada no Diário Oficial da União no dia 13 de abril -, o preço foi a R$ 4,18. O levantamento mais recente da ANP, da semana do dia 18 de abril, aponta para preço médio de R$ 4,20 por litro – só R$ 0,03 a menos do que o preço registrado no início de março.
Mesmo que o preço tenha parado de subir, o valor ainda é bem maior do que o registrado no começo de 2021. Na primeira semana de janeiro, segundo a ANP, o litro do diesel comum saía por R$ 3,67.
Desconto acaba no final de semana A isenção de PIS e Cofins para o diesel chega ao fim no sábado (1º). Paulo Miranda Soares, presidente da Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes), afirma que o aumento de R$ 0,31 deve ser repassado aos consumidores, porque os postos “já estão no osso e não têm como absorver qualquer tipo de aumento”.

Representantes dos caminhoneiros foram até Brasília para pedir que o Ministério da Economia prorrogue o benefício, mas não tiveram sinalização positiva.
“Estamos muito apreensivos. [A isenção] não refrescou, [o desconto] não chegou na bomba. Precisamos de alguma coisa efetiva para os caminhoneiros. Wallace Landim, presidente da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores).

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