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O aumento no valor dos combustíveis atinge a partir de maio também a principal opção para motoristas que circulam muitos quilômetros por dia e fugiam da gasolina e etanol.
A Petrobras anunciou na segunda (5) o reajuste em 39% nos preços de venda do GNV (Gás Natural Veicular) para as distribuidoras. Diferentemente dos valores da gasolina, diesel e GLP (utilizado no botijão de gás e cozinha), o gás veicular é reajustado trimestralmente. A alta em reais por metro cúbico passa a valer em 1º de maio e o preço será mantido até o fim de julho.
O combustível, considerado mais limpo e encontrado acumulado em rochas porosas no subsolo, também é atrelado ao preço do petróleo, como explica a Petrobras. ‘Para os meses de maio, junho e julho, a referência são os preços dos meses de janeiro, fevereiro e março. Durante esse período, o petróleo teve alta de 38%, seguindo a tendência de alta das commodities globais. Além disso, os preços domésticos das commodities tiveram alta devido à desvalorização do real’, diz em nota a empresa.
Outro fator que pesou para a alta de 39% foi a variação do IGP-M, utilizado para reajuste anual do contrato de transporte do GNV, que ocorre sempre em maio. O acumulado neste ano foi de 31% para o índice, conhecido também por impactar nos valores dos aluguéis.
No comunicado sobre o aumento, a Petrobras ainda justifica que o gás natural teve redução acumulada de 35% em reais no ano passado.
Motoristas de app e táxi
O GNV se popularizou no país ao ser utilizado por motoristas de aplicativo e taxistas. Isto porque ele tem rendimento melhor e sai mais barato que os demais combustíveis. De acordo com a distribuidora BR, a economia é de 60%, em média.
Um carro popular que roda 100 km por dia faz 8 km por litro de álcool, 10 km por litro de gasolina e 12 km por metro cúbico de GNV. Mas os custos da instalação dos cilindros nos porta-malas são altos, entre R$ 3 mil e R$ 6 mil, além da desvantagem de ocuparem espaço no bagageiro.
A opção pelo combustível ganhou força no início deste ano com a disparada da gasolina e do etanol, que somam acumulado de 40,76% e 25%, respectivamente. Enquanto o metro cúbico do GNV sai por R$ 2,984, a gasolina custa R$ 5,328 por litro e o etanol, R$ 3,818, em preços para São Paulo medidos pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).