Tecmundo
Mais de 500 mil carros elétricos foram vendidos somente neste ano na Europa, o que representa um marco para uma indústria que está, aos poucos, abandonando veículos movidos a combustíveis fósseis. Como se sabe, ainda temos algumas semanas pela frente para o fim 2020, e o número consolidado pode ser bem maior.
De acordo com a Schmidt Automotive Research, responsável pelos dados, quando se considera na equação as opções híbridas, as vendas ultrapassaram a marca de 1 milhão no Reino Unido e em outros 17 mercados do Velho Continente. No ano passado, o total foi de 354 mil.
O movimento não ocorre à toa, uma vez que legislações de diversos países estão se encaminhando para o banimento de tecnologias poluentes – sendo que vários deles, até 2030, pretendem encerrar a comercialização de novos veículos que não sejam elétricos. Híbridos, por sua vez, terão um tempo de “vida útil” um pouco maior, mas, ainda assim, estão destinados a desaparecerem.
Corrida verde
Para que a substituição completa das frotas ocorra, há um longo caminho pela frente. Em outubro, também na Europa, dos 13,3 milhões de carros vendidos, a maioria era movida a petróleo e diesel, opções que serão mais lucrativas que as elétricas até 2024. “O principal impulsionador do mercado tem sido, sem dúvida, a corrida dos fabricantes para atingir novas metas de emissão média de CO2, implementadas neste ano”, acredita o analista Matthias Schmidt, analista envolvido no estudo.
“Primeiramente, as metas foram facilitadas por um mercado total deprimido, o que significa que menos [veículos] plug-ins precisam ser registrados para atender aos níveis de conformidade; em segundo lugar, pela disposição dos governos de aumentar a compra e os incentivos fiscais à luz da pandemia do coronavírus”, complementa.
Mesmo que não ocupem o “Top 10” das escolhas dos britânicos, o público de lá adquiriu 75 mil unidades elétricas de janeiro a outubro de 2020, mais que o dobro do registrado em 2019 – representando 5,5% do mercado local.