Fonte:Terra
Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em fevereiro de 2020, o projeto de lei 304/2017 pretende impedir a venda de automóveis movidos a combustíveis fósseis no Brasil a partir de 2030. A circulação destes mesmos automóveis, com algumas exceções, ficaria proibida a partir de 2040.
O próximo passo do projeto é passar por votação na Comissão de Meio Ambiente do Senado (CMA) e, depois, será enviado ao Senado para nova rodada de discussões. No caso de aprovação em todas as instâncias, o projeto prevê que os únicos automóveis comercializados no país serão os modelos elétricos e aqueles movidos por biocombustíveis, como etanol e biodiesel.
Ainda, de acordo com o projeto, os carros híbridos também serão vetados. As exceções às proibições são os automóveis de coleção, os carros de visitantes estrangeiros e os veículos oficiais ou diplomáticos.
No entanto, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) alega essa é uma meta inviável de ser alcançada em um prazo de apenas dez anos. Segundo a Associação, os fabricantes já estão se adequando às regras definidas pelo Rota 2030, aprovado pelo Congresso em 2018. Todavia, as datas das proibições previstas no projeto ainda estão sujeitas a mudanças.
Entre os argumentos para a aprovação do projeto, está o fato de que veículos movidos a diesel e gasolina são responsáveis por um sexto das emissões de CO2, substância conhecida por causar o famoso efeito estufa, na atmosfera. Apesar da necessidade de alguns ajustes na infraestrutura brasileira para a implementação em massa de carros elétricos, a indústria automotiva tem se preocupado cada vez mais com a questão da sustentabilidade.
Uma das tecnologias mais sustentáveis do setor de autopeças que está sendo explorada pela indústria brasileira é o Sistema Start&Stop, que faz com que o veículo seja desligado automaticamente ao se aproximar de um sinal fechado ou ao enfrentar trânsito, voltando a ser ligado quando o motorista tirar o pé do freio e acelerar.
As baterias fabricadas pelo Grupo Moura, por exemplo, são exponenciais nesta tecnologia, garantindo a economia de até 15% de combustível e reduzindo a emissão de gases poluentes. A preocupação da empresa com o meio ambiente, no entanto, não para por aí.
O Grupo Moura se preocupa em tornar todas as etapas do processo de produção o mais sustentável possível, realizando mudanças tecnológicas nos processos fabris que viabilizam a redução da emissão dos gases do efeito estufa. Além disso, a Moura tem capacidade para reciclar 100% das baterias que traz ao mercado.
Outra tecnologia sustentável para autopeças são os freios regenerativos, que transformam a energia cinética produzida pela frenagem em energia elétrica. Estes freios são comuns em carros elétricos e híbridos, armazenando a energia na bateria do carro. Em veículos convencionais, a energia é armazenada na bateria responsável pelos componentes elétricos.
Como podemos observar, a indústria automotiva brasileira já se preocupa bastante com a questão da sustentabilidade, de forma que possamos pensar ao menos em disseminar a discussão sobre o uso e a distribuição dessas tecnologias. Inovando, dessa forma, o mercado automotivo e de autopeças brasileiro como um todo.