Fonte: Reuters
O preço dos combustíveis nos postos caiu menos de 1% na semana, mesmo em meio ao forte recuo do petróleo no mercado internacional e a um significativo corte pela Petrobras dos valores em suas refinarias, mostraram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta sexta-feira.
Impactos da pandemia de coronavírus sobre a demanda global por combustíveis levaram os preços do petróleo nos EUA a fecharem esta sexta-feira com a maior retração semanal desde 1991. O WTI recuou 29% entre segunda e sexta-feira, enquanto o petróleo Brent teve perdas de 20% no período.
Com a derrocada das cotações internacionais, a Petrobras reduziu os preços da gasolina em suas refinarias em 12% e os do diesel em 7,5% a partir da quinta-feira. Na semana anterior, a estatal havia baixado a gasolina em 9,5% e o diesel em 6,5%.
Apesar dos movimentos da petroleira estatal, a gasolina foi comercializada nos postos nesta semana por em média 4,486 reais por litro, segundo a ANP, recuo semanal de 0,64%.
No diesel, combustível mais utilizado do país, houve redução semanal de em média 0,88% nas bombas, para 3,586 reais por litro.
Os valores representam queda de 1,58% para a gasolina e de 5,3% no diesel em relação aos preços médios de janeiro, de acordo com dados da ANP.
Já o etanol foi vendido nesta semana por em média 3,226 reais por litro, com queda de 0,83% na comparação semanal, mas estável frente aos valores de janeiro.
O repasse de ajustes dos combustíveis nas refinarias para o consumidor final nos postos não é imediato e depende de diversos fatores, como consumo de estoques, impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis.